11 de janeiro de 2012

Segurança Comportamental


A Segurança Comportamental é um termo que se refere à aplicação dos conhecimentos científicos da Psicologia Comportamental nas questões de segurança do trabalho. É uma nova forma de gestão da segurança do trabalho que vem crescendo nos EUA, na Inglaterra e Austrália por apresentar ganhos significativos nos níveis de segurança da empresa.

Ela difere das abordagens psicológicas tradicionais de duas formas simples:

- Tem como foco o comportamento de segurança observável, em vez de atitudes sobre segurança que seriam mais difíceis de serem observadas, tais como querer agir seguramente ou estar consciente das ações de segurança.

- Coloca a ênfase no encorajamento do comportamento seguro, no lugar de punir a pessoa que agiu de forma insegura.

Não se trata de uma campanha de motivação, mas um procedimento com base científica para atuar sobre comportamentos seguros/inseguros observáveis .

Para melhor entendimento do que chamamos de comportamento inseguro ou de risco, utilizaremos o exemplo de dirigir. Podemos elencar como comportamentos de risco, entre outros:

• Deixar de usar cinto de segurança;
• dirigir em alta velocidade;
• não realizar a manutenção preventiva de freios e rodas.

A ocorrência desses comportamentos pode resultar em acidentes com conseqüências graves para a pessoa ou para os demais. Ao evitar essas atitudes, reduzimos a probabilidade dos acidentes e aumentamos a segurança dos condutores.

Por se basear num modelo científico, a intervenção em segurança comportamental requer um planejamento detalhado e demanda um prazo de aplicação que pode variar de algumas semanas até meses, dependendo do tamanho e da complexidade da atuação, porém os resultados podem se estender muito além desse prazo, desde que certas condições (ajustadas caso a caso) tenham sido estabelecidas.

A intervenção requer o envolvimento dos gerentes e da alta direção. Mas não se caracteriza como uma abordagem de intervenção exclusivamente top down (ou seja, de cima para baixo), pois a força de trabalho deve participar ativamente, "tomando" a propriedade do processo.

Em relação ao pessoal de produção (chão de fábrica), o modelo de segurança comportamental se baseia, entre outras técnicas, no uso de observação por pares, estabelecimento de metas e feedback (usualmente apresentados em forma de gráficos, públicos e a respeito de desempenho coletivo). Ao longo do tempo vários estudos criteriosos foram conduzidos sobre cada uma dessas técnicas, de forma a prover as melhores práticas na sua implementação. Ela foca, também, o cuidado mútuo da segurança um pelo outro, de tal forma que se cria um cultura de segurança, denominada por Scott Geller de "cuidar-se ativamente", ou seja, eu estou atento a segurança dos demais como os demais estão atentos a minha.

Considerações mais amplas sobre a participação gerencial são trabalhadas com o incremento do modelo de gestão. Ampliam-se as habilidades dos gerentes para análise e implementação de conseqüências e reconhecimento das atividades que os colaboradores fazem. Busca-se, também, clarificar as conseqüências de sua própria forma de gestão no desenvolvimento das atividades dos colaboradores, fechando-se o ciclo de influências mútuas.

10 de junho de 2010

BP compra termos sobre vazamento no Google e Yahoo!

Fonte: Estadão Onine - 10/06/2010

A British Petroleum (BP) confirmou hoje a compra de termos de busca em inglês nos sites de pesquisa Google e Yahoo! relacionados ao vazamento de petróleo no Golfo do México. De acordo com a petrolífera britânica, o objetivo da ação é aumentar a exposição de seus esforços para conter um derramamento iniciado em abril e que, com o passar das semanas, tornou-se o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.

Já os críticos afirmam que a verdadeira intenção da BP é dificultar o acesso a notícias negativas sobre o tema, quando os resultados de busca aparecerem na tela do internauta. A BP não revelou quanto pagou pela compra de palavras em inglês relacionadas ao vazamento de petróleo nos mecanismos de busca Google e Yahoo!. Com a compra, quando o internauta pesquisa, por exemplo, "BP oil spill" (termos em inglês para "BP vazamento de petróleo"), os primeiros resultados disponíveis na tela o direcionam a páginas da companhia.

A BP tem sido alvo de críticas públicas de autoridades dos Estados Unidos. O próprio presidente norte-americano, Barack Obama, criticou a petrolífera por gastar dezenas de milhões de dólares em publicidade e ações de marketing para limitar os danos a sua imagem.

Obama e Cameron

No próximo fim de semana, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, deve discutir o vazamento de petróleo da BP com o presidente Barack Obama. Os dois líderes devem falar por telefone, no momento em que cresce em Londres o temor sobre os ataques do governo norte-americano à companhia britânica.

Em seus primeiros comentários sobre o tema, Cameron disse entender a "frustração" da administração Obama no caso. "Eu entendo a frustração do governo dos EUA, porque essa é uma catástrofe para o meio ambiente", disse Cameron, durante visita ao Afeganistão. "Obviamente, todos querem que tudo seja feito como deve ser. Claro que isso é algo que tratarei com o presidente americano."

A conversa por telefone será a primeira desde que Obama telefonou para Cameron para cumprimentá-lo em 11 de maio, dia da posse do britânico no cargo. Funcionários do Reino Unido rechaçaram, no entanto, que o telefonema seja uma espécie de diálogo sobre a crise. Um funcionário do governo Cameron, pedindo anonimato, notou que esta não era uma divergência entre os dois governos, mas entre "um conglomerado privado e o governo dos EUA". A BP era a maior companhia do Reino Unido em valor de mercado até o vazamento, que derrubou o preço de suas ações. Nos últimos dias, o governo Obama subiu o tom das críticas à empresa. As informações são da Dow Jones.

1 de junho de 2010

Mecânico sofre acidente de trabalho em Uberlândia

Data: 26/05/2010 / Fonte: Correio de Uberlândia

Uberlândia/MG - Um mecânico de 24 anos ficou ferido depois que o carro em que trabalhava caiu sobre ele na tarde do dia 25 de maio, em uma oficina na região central de Uberlândia. De acordo com o Corpo de Bombeiros, ele foi atendido consciente e sentindo fortes dores na região do tórax. Ainda segundo os bombeiros, o acidente de trabalho aconteceu no momento em que o mecânico trabalhava embaixo do carro, erguido por cavaletes. A vítima afirmou que o assoalho do carro pode ter cedido e o veículo caiu sobre ele. Quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local, testemunhas haviam retirado o carro de cima de Leandro Malaquias, que foi levado para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC/UFU), onde passou por exames e está em observação.

16 de abril de 2010

Pernambuco // Fio desencapado

Bebê de seis meses morre eletrocutado em Apipucos

16.04.2010, às 10h35

Do JC Online Com informações da Rádio Jornal

Um bebê de seis meses morreu eletrocutado ao pegar no fio desencapado do ventilador na casa onde morava, na Rua Aliança, em Apipucos, Zona Norte do Recife. O acidente aconteceu na noite dessa quinta-feira (15), quando a mãe teria desviado a atenção do menino por alguns instantes para fechar a porta da sala.

Segundo a avó paterna da criança, a dona de casa Maria do Carmo da Silva, de 63 anos, a mãe de Davi Adriano Gomes da Silva estava sentada no sofá da sala e o menino no andajá. "Ela disse que, para o menino não passar para o terraço, foi fechar a porta. Quando ela deu as costas, ele pegou no fio". A dona de casa, que não presenciou o incidente e soube pela nora, acrescentou que a mãe também levou choque ao tentar salvar o filho.

A criança chegou a ser socorrida para a Maternidade Barros Lima, em Casa Amarela. O caso será investigado pela Gerência de Proteção à Criança e ao Adolescente (GPCA).

CHOQUE - Outra vítima de descarga elétrica também morreu na Policlínica da Campina do Barreto, na Zona Norte do Recife. Carlos André Nascimento, de 27 anos, levou um choque fulminante quando empinava uma pipa no telhado de casa, em Chão de Estrelas. O papagaio enganchou num fio de alta tensão.

1 de março de 2010

WORKSHOP ALERTA PARA OS ACIDENTES DE TRABALHOS EM ALTURA

Workshop realizado no Rio Grande do Sul alerta para os acidentes de trabalhos em altura

Acidentes em guindautos e cestos acoplados podem ser fatais

Em Caxias do Sul, a Fundacentro e a Superintendência Regional do Trabalho do estado participaram no dia 9 do Workshop: utilização de cestas acopladas a guindautos. Representando a instituição, estiveram presentes, a chefe do Centro Estadual do Rio Grande do Sul e professora, Maria Muccillo e o engenheiro, Flávio Miranda de Oliveira e Aida Cristina Becker, auditora fiscal da Superintendência Regional do Trabalho (SRTE/RS).

O evento promovido pela Fundação COGE, em parceria com a Rio Grande Energia (RGE), contou com 106 participantes oriundos de todas as regiões do país, especialmente fabricantes, empresas prestadoras de serviços e concessionárias de energia elétrica.

O objetivo foi de debater e buscar encaminhamentos que dêem, em curto prazo, solução exeqüível para o conflito ainda existente em relação à adequação do equipamento utilizado para trabalhos em altura, com suspensão de pessoas em cestos acoplados a guindautos, uma vez que os acidentes registrados com trabalhadores na execução dessas atividades, são considerados fatais ou de incapacidade permanente.

Um dos resultados positivos obtidos no final do evento foi a solicitação, em caráter emergencial, da revitalização da Comissão Permanente Nacional de Segurança em Energia Elétrica (CPNSEE) da NR-10 para tratar do assunto e posterior diálogo de aproximação entre as NR- 12 e NR-18.

Considerando as interfaces existentes, a finalidade será a de orientar e promover a segurança entre os trabalhadores, além de dar continuidade às tarefas solicitadas pelas concessionárias, sendo executadas de acordo com as normatizações pelos prestadores de serviço.

Para tanto, houve uma coleta de nomes de pessoas entre os presentes, com experiência e competência técnica que, voluntariamente, se ofereceram para a formação de um Grupo de Trabalho junto à Comissão, como colaboradores em busca de soluções para o problema.

8 de janeiro de 2010

Consulta Pública ABNT/CEE-109

Encontra-se disponível para a participação da sociedade para fazer sugestões e/ou críticas ao projeto de normatização da ABNT em Segurança e Saúde Ocupacional. A partir de 04.01.2010, se encontra em Consulta Nacional o projeto de norma nº 109:000.01-001

- Sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho
- Requisitos, por 60 dias, tendo como prazo limite para sugestões até o dia 04/03/2010 para o recebimento das manifestações.

Para entrar e participar da Consulta Nacional basta acessar o link abaixo:
http://www.abnt.org.br

Se houver alguma dúvida ou dificuldade, entrar em contato com: suporte@abnt.org.br ou pelo telefone (11) 3017-3659.

Carlos Alberto Bigatan
Gerência do Processo de Normalização ABNT/SP - Rua Minas Gerais, 190 01244-010 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3017-3619 - Fax: (11) 3017-3633
e-mail: carlos.bigatan@abnt.org.br

5 de janeiro de 2010

JORNADA DETRABALHO (Raios Solares)

Trabalhadores que exercem atividade sob raios solares poderão ter jornada de trabalho reduzida, além de receberem adicional de 30% sobre o salário, caso projeto de lei da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) se transforme em lei. A matéria aguarda designação do relator na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), na qual receberá decisão terminativa.

Pela proposta (PLS 552/09), a duração da jornada de trabalho de quem trabalha a céu aberto, sob radiação solar, passará a ser de seis horas diárias ou 36 horas semanais. A cada 90 minutos de trabalho consecutivo, determina ainda o projeto, o trabalhador deverá descansar por 10 minutos. Tal intervalo, de acordo com a proposta, não será computado na jornada de trabalho.
As atividades realizadas ao sol, pelo proposta de Serys, serão consideradas penosas, o que garante ao trabalhador o adicional de 30% sobre seu salário, calculados sem as incorporações resultantes de gratificações e prêmios.

Na hipótese de a pessoa trabalhar sob o sol sem qualquer tipo de proteção adequada, a atividade será considerada insalubre, e dará ao empregado o direito de receber adicional de 10%, 20 ou 40%, de acordo com o nível de dano causado à saúde do trabalhador. Tanto o adicional de insalubridade como o de penosidade serão suspensos, prevê o projeto, quando cessar o risco à saúde ou à integridade física do trabalhador.

"Nosso projeto de lei visa, em especial, proteger os sacrificados trabalhadores da construção civil, os quais de sol a sol trabalham para sustentar suas famílias por salários exíguos e com baixíssima proteção, dado o desprezo que lhes devota o Poder Público", disse Serys Slhessarenko, ao justificar a proposta.

A proposta - que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-Lei nº 5.452/43) - teve base em projeto do então deputado Ivo José. Serys ressalta que os raios solares são responsáveis pelo câncer de pele, que é o tipo de câncer com maior incidência no Brasil.

De acordo com estudo de 2002 do Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele (PNCCP), da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBO), 69,2% dos acometidos com a doença estavam inseridos no fator de risco "exposição ao sol sem proteção". Serys Slhessarenko observa que a falta de legislação específica impede que os trabalhadores sejam protegidos, apesar de a comunidade médica ser unânime quanto aos prejuízos provocados pela exposição excessiva ao sol.

(Fonte: Agência Senado) O texto inicial da matéria segue ao lado - http://www.elabore.com.br/siagi/anexos_informes/1262180134341.pdf

4 de janeiro de 2010

Kraft Foods terá de devolver recursos ao INSS

A Advocacia-Geral da União obteve êxito em ação regressiva movida contra a Kraft Foods Brasil. A empresa terá de devolver ao INSS os recursos gastos com o pagamento de benefícios previdenciários a três funcionárias que foram vítimas de acidente de trabalho.

Segundo a AGU, as trabalhadoras, que atuavam na linha de produção da empresa, gozavam de boa saúde antes de serem contratadas. A soma dos benefícios deve ultrapassar R$ 1,5 milhão.Na ação, a Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS, em Bauru, São Paulo, deixou claro que as funcionárias adquiriram doenças por conta das más condições de trabalho.

Os procuradores afirmaram que as trabalhadoras gozavam de boas condições de saúde quando entraram na empresa. Na linha de produção, elas desenvolveram doenças musculares como Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e o Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT), que acabaram as deixando inválidas permanentemente.

Ainda segundo a procuradoria, a linha de produção mantinha condições precárias de higiene e segurança. Calcula-se que o valor gasto pelo INSS por conta dessa negligência da empresa com a saúde de seus trabalhadores atinge a cifra de R$ 1,5 milhão. Com informações da Assessoria de Imprensa da AGU.

22 de dezembro de 2009

Operário é atingido na cabeça e morre no hospital

A Polícia Civil investiga o acidente que resultou na morte de Gilson da Conceição Barbosa, 27 anos. Conforme as primeiras informações, Barbosa trabalhava como operário na obra de construção do teatro estadual, no bairro Pedrinhas, área central de Porto Velho, quando um balde de concreto caiu sobre a cabeça dele.
O rapaz foi socorrido às pressas e levado em estado grave para o Hospital João Paulo II, onde a equipe médica constatou que Barbosa teria sofrido traumatismo craniano encefálico. A vítima não resistiu e morreu enquanto recebia os primeiros cuidados. A comunicação de morte foi registrada no 4º DP por Carlos Nunes da Silva, sob nº 4255/2009. O fato aconteceu na tarde do último sábado e a ocorrência registrada às 15h22min.

Fonte: RONDONIAGORA

16 de dezembro de 2009

Morre o pai das Normas Regulamentadoras.

Faleceu em 3 de dezembro, aos 83 anos, um dos principais expoentes da Medicina do Trabalho no país: Roberto Raphael Weber. Responsável pela criação das Normas Regulamentadoras em 1978, quando Arnaldo Prieto era ministro do trabalho, Weber possibilitou a transformação do Departamento Nacional de Saúde e Higiene do Trabalho em Secretaria. Quando assumiu o DNSHT, a relação entre o número de acidentes e a força de mão-de-obra era da ordem de 18%, o mais alto do mundo. Quando deixou o cargo, em 1980, o índice era 5%.

Para criar as normas regulamentadoras em apenas seis meses, o médico contou com 30 comissões trabalhando diferentes temas. Ele formava grupos com profissionais que atuavam na área do assunto discutido. Quando deixou a secretaria em 1980, chegou a criar uma comissão para revisão e atualização das normas, que naquela época já tinha um caráter tripartite.