30 de setembro de 2008

Análise do Ipea sobre trabalho infantil questiona Bolsa Família

Folha UOL - Da Redação
Em São Paulo

"Por que o Bolsa não está retirando a criança do trabalho, apesar de estar aumentando a freqüência escolar?" Essa é a questão feita pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) ao analisar os dados da Pnad 2007 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) em seu estudo divulgado nesta terça (30).

Na análise do Ipea há dois aspectos a destacar. O primeiro é que os valores talvez não sejam suficientes para retirar esse contingente do "mercado de trabalho". Outro fator que pode minimizar os efeitos de programas como o Bolsa Família "é a falta de penalidade quanto ao não cumprimento das condicionalidades, o que pode resultar em crianças recebendo o programa e continuando a trabalhar", aponta.

Crianças sustentam a casa

Segundo dados do Ipea, em 36% das famílias, a contribuição das crianças que têm rendimento e não freqüentam a escola varia de um terço a 100% da renda familiar.

No entanto, essa importância na composição do orçamento familiar cai para 7% em famílias que têm crianças trabalhando e freqüentando a escola.

As crianças que apenas trabalham também ganham mais, cerca de R$ 226 por mês. Aquelas que estudam e trabalham conseguem alcançar R$ 151. Em 2007, se a família estivesse em situação de extrema pobreza e tivesse três filhos menores de 15 anos, poderia receber do Bolsa Família no máximo R$112 por mês.

Políticas públicas

Na avaliação dos técnicos do Ipea, são positivos os resultados de programas que "premiam as famílias pobres que colocam os filhos na escola e não os colocam no trabalho ou os retiram deles", caso do Bolsa Família. A transferência de renda é especialmente importante para famílias que dependem da renda das crianças proveniente do trabalho infantil.

No entanto, segundo o Ipea, alguns estudos "mostraram que o benefício recebido pelas famílias resultou em elevação significativa da freqüência escolar, mas a redução do trabalho infantil não foi tão expressiva".

Há algumas evidências de que esse tipo de política reduz o número de horas mensais de trabalho das crianças, mas os resultados não são conclusivos ou não há efeito sobre a redução do trabalho infantil.

De acordo com a Pnad 2007, crianças de 7 a 15 anos trabalham em média 20,1 horas por semana quando estudam e 35,3 horas quando não freqüentam a escola. Enquanto 55% das que não vão à escola exercem atividades por mais de 40 horas por semana, 11% das que vão à escola dedicam esta quantidade de tempo ao trabalho.

Números desanimadores

Divulgada em meados de setembro, a Pnad trouxe números desanimadores no que se refere a trabalho infantil. Em 2007, ainda existiam 2.500.842 crianças - com idade entre 5 e 15 anos - trabalhando. Esse contingente significa 6,6% da população dessa faixa etária. Ou seja, num grupo de cem crianças, cerca de seis delas trabalham.

Dentro desse grupo, cerca de 20 mil não estudam, apenas trabalham. O Ipea faz uma comparação: "equivale a cem aviões lotados de crianças iguais ao que explodiu ano passado no aeroporto de Congonhas, em São Paulo". E outras 62.521 delas não estudam nem trabalham.

Para os especialistas, "é interessante observar que analisando esses dados ao longo do tempo, nota-se que a porcentagem de crianças que só estuda vem aumentando, e a proporção de crianças que estuda e trabalha vem se reduzindo, mas a porcentagem de crianças que só trabalha praticamente não se altera".

26 de setembro de 2008

Estudo mostra queda na taxa de mortalidade no trânsito das capitais brasileiras

Colaboração para a Folha Online

A taxa de mortalidade em acidentes de trânsito em comparação com a população registrou queda entre 1996 e 2005 nas 27 capitais do Brasil, de acordo com dados do livro "Acidentes de Trânsito no Brasil: a Situação das Capitais", lançado nesta sexta-feira pela Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Trânsito).

A publicação, elaborada pelas pesquisadoras Maria Helena de Mello Jorge e Maria Koizume, tem como base dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), Ministério da Saúde e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O cálculo da incidência é feito pela divisão do número de mortos por cada cem mil habitantes. O índice passou de 25,6, em 1996, para 17,2, em 2005. No período, em números absolutos, também houve redução no número de acidentes com vítima na comparação entre 1999 e 2006, quando o número passou de 105.036 para 101.871.

Apesar da queda, a participação dos acidentes de moto na mortalidade no trânsito cresceu. No período, o índice passou de 0,4 para 2,3.

O taxa mais alta foi registrada em Boa Vista (RR) --7,4--, e a menor em Rio Branco (AC): 0,3. São Paulo, com índice de 1,4, ocupa a 20ª posição, a mesma que Recife (PE).

Segundo Koizume, além da mortalidade, um dos grandes problemas são as seqüelas que ocorrem com as vítimas, que as deixa, muitas vezes, incapacitada. "Estamos falando de uma população que é a força de trabalho do Brasil, público jovem e do sexo masculino". disse.

A pesquisadora afirmou que a grande queda no número de acidentes ocorreu no período entre 1999 e 2000, pouco depois da implantação do Código de Trânsito Brasileiro, que trouxe penalidades mais pesadas às infrações de trânsito.

"Depois houve um afrouxamento da fiscalização e o índice voltou a subir. A subida não é muito grande, mas são taxas resistentes", afirmou.

24 de setembro de 2008

Doença do mau humor acomete três vezes mais mulheres do que homens

ERIKA MORAIS
da Revista da Hora

Se de uma hora para a outra, sem motivo aparente, você se pega reclamando de tudo e passa a maior parte do tempo de mau humor, com dificuldades em sentir prazer em atividades de rotina, sempre com cansaço e falta de energia, fique atento, você pode estar sofrendo de uma doença chamada distimia.

A distimia é um transtorno de humor, considerado um tipo de depressão leve que ocorre em cerca de 5% da população geral e acomete três vezes mais mulheres do que homens.
De acordo com Luiz Alberto Hetem, da Associação Brasileira de Psiquiatria, a doença se diferencia do mau humor comum, um sentimento que todos podemos sentir em diversos momentos de nossas vidas. "Na distimia, a pessoa fica mal-humorada, irritada, impaciente e com sintomas depressivos, como alteração no sono e no apetite, durante a maior parte do dia, por meses ou anos", afirma Hetem.

Para Ricardo Moreno, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, ficamos mal-humorados quando passamos por uma situação desagradável no trânsito, quando sentimos frio ou calor demais ou quando nos sentimos incomodados por alguma dor física. "O distímico é diferente, ele sente o mau humor, além de outros sintomas, sem motivo aparente e durante a maior parte do dia."

De acordo com os especialistas, os distímicos tendem a acreditar que o mau humor constante é apenas um traço de sua personalidade. "Por acreditarem que seu comportamento é normal, demoram a procurar ajuda", afirma Hetem. Para o psiquiatra, a demora em procurar um especialista pode levar os distímicos a uma depressão mais grave.

Tratamento

Os médicos afirmam que, em alguns casos, há possibilidade de cura. Em outros, porém, o tratamento é constante e sem previsão de término. "Isso depende de cada pessoa, mas o tratamento é feito por meio de medicamentos antidepressivos e psicoterapia, assim como em outros casos de depressão", conta Moreno

Quando o mau humor vira doença

Fique atentoÉ comum passar por situações que provocam o mau humor. A irritação e a impaciência vêm, por exemplo, quando estamos presos no trânsito, com calor ou frio demais ou quando sentimos uma dor forte. Mas quando a rabugice é predominante na maior parte do tempo e está associada a outros sintomas é sinal de que é necessário procurar um médico, pois pode se tratar de distimia

Distimia é um transtorno do humor. É considerada um tipo de depressão leve. Se o mau humor é predominante durante a maior parte do dia e dura meses ou anos, a pessoa pode estar sofrendo de distimia. Mas apenas um profissional poderá dar o diagnóstico da doença e indicar o tratamento adequado.

Sintomas- Mau humor que dura a maior parte do dia- Cansaço ou sensação de falta de energia- Preocupação excessiva- Alteração no sono e no apetite- Baixa auto-estima, irritabilidade, negativismo desânimo e melancolia- Mesmo as atividades mais simples passam a exigir muito esforço- Dificuldade de sentir prazer com o dia-a-dia- Dificuldade para se concentrar, tomar decisões e acompanhar o ritmo dos colegas de trabalho- Insatisfação constante e tendência a supervalorizar acontecimentos negativos

Quem pode ter- Pessoas de todas as idades- Acomete de duas a três vezes mais mulheres do que homens- É mais comum entre jovens adultos (entre 25 e 35 anos)
Pode provocar- Isolamento social- Problemas conjugais e familiares- Queda no desempenho profissional e escolar- Abuso de drogas e alcoolismo

Tratamento

Na maioria dos casos o tratamento é feito com o uso de medicamentos antidepressivos e com psicoterapia

Fontes: Luiz alberto Hetem, da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP); e Ricardo Moreno, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas

23 de setembro de 2008

Prev.Acidentes - Custos elevados com doenças e acidentes.

País paga caro pelos acidentes de trabalho - Governo Federal gasta mais de R$ 10 bilhões com benefícios para os que ficam acidentados nas atividades diárias ou no percurso para o emprego.
A comissão de estatísticas da Previdência Social garante que 503.890 pessoas se acidentaram, em 2006, no país, das quais 5.788 no Distrito Federal. Ainda segundo o órgão, este foi o último levantamento feito.

Apesar disso, a Previdência gasta mais de R$ 10,7 bilhões com acidentes e doenças no trabalho, em forma de auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria e outros benefícios. A estimativa é que o Brasil perde, anualmente, R$ 42 milhões com tais ocorrências, o equivalente a 4% do PIB. Os Ministérios da Saúde, da Previdência Social e do Trabalho e Emprego assinaram uma portaria para a criação de uma comissão tripartite - formada por governo, trabalhadores e empresários - para revisar e ampliar a proposta de Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador.
A intenção é diminuir os números.

No Brasil, 8.383 pessoas foram afastadas por incapacidade permanente, no Distrito Federal, o número chegou a 147. Segundo a Previdência Social, 30% dos acidentes atingem mãos, dedos e punhos, e vão desde ferimentos simples à fraturas e traumatismos superficiais. De acordo com o Anuário Estatístico/2006, a maioria dos acidentes ocorreu na indústria (47% dos casos) e no setor de serviços (45%). A indústria de transformação foi responsável por 188.321 acidentes dos 237.188 registrados.

Em segundo lugar vem a indústria de alimentos e bebidas, com 48.424 casos. A indústria de transformação também foi a responsável pelo maior número de mortes, 603 óbitos. O setor de transporte e armazenagem vem em seguida, com 428 mortes e a construção, 318.

Para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, todos os recursos que o governo gasta poderiam ser utilizados para promover o bem-estar, a distribuição de renda e a produtividade. "É preciso um trabalho integrado e articulado para reduzir os riscos e proteger o trabalhador", afirma. A cada três horas morre um trabalhador no país, vítima de acidente no trabalho.

Fonte: Correio Web

22 de setembro de 2008

Imperícia, Imprudência, Negligência...

NEGLIGÊNCIA
Falta de atenção ou cuidado - Inobservância de deveres e obrigações
Age o Médico com negligência quando deixa de praticar atos ou não determina atendimento hospitalar ou de enfermagem compatível com o recomendado pela ciência médica em relação ao estado médico do paciente.
Exemplo: Acidente de veículos - lesões e fraturas variadas. É óbvio até para o leigo que é medida de absoluta importância o Raio X ou Tomografia Computadorizada para detectar a hipótese de "traumatismo craniano".
Se o Médico, neste caso, deixa de tomar esta providência estará deixando de empregar "todos os meios" para a cura ou melhora de seu paciente. Constatando, posteriormente, que o paciente veio a falecer, ou agravar seu estado de saúde, com ou sem seqüelas, em razão de ser ter sofrido "Traumatismo Craniano" não tratado por negligência do médico, óbvio, terá direito a indenização correspondente.
Alta Médica prematura - O médico que dá alta ao paciente que ainda necessita de tratamento hospitalar também pode ser considerado negligente quando em razão de seu ato vem o paciente sofrer danos à saúde, sofrer seqüelas ou falecer.
Amputar uma perna quando a outra é que estava doente. É falta de atenção, cuidado, é ilícito penal e ilícito civil, cabe ação de indenização, independente da ação penal em razão da lesão corporal.
Responsabilidade solidária - Médico cirurgião quando acerta a cirurgia com o paciente ou seus familiares e o anestesista de sua equipe são negligentes, também deverá ser responsabilizado civilmente, mas não criminalmente, porque a sua responsabilidade é contratual, embora a responsabilidade do anestesista também seja de ordem criminal. Independente de ilícito criminal haverá a responsabilidade contratual
IMPRUDÊNCIA
Ato de agir perigosamente, com falta de moderação ou precaução - Temeridade.
Praticar cirurgia de risco sem os equipamentos necessários a um atendimento de emergência. Nos hospitais ou clínicas em que não existam equipamentos apropriados não se deve fazer cirurgia com anestesia geral, pois a anestesia em si, já é um elemento de risco.
Fazer um parto sem possuir o aspirador do líquido amniótico, por exemplo. (necessário para retirar o líquido que a criança geralmente aspira).
Fazer duas anestesias simultâneas. Alguns médicos anestesistas correm o risco e atendem duas ou mais cirurgias ao mesmo tempo. A simples prática deste expediente já configura ilícito penal. O ilícito civil somente será possível havendo qualquer tipo de dano ao paciente.
Responsabilidade solidária - Importa observar que o ilícito também é ético, merecendo representação junto a CRM, e o médico cirurgião que aceita fazer uma cirurgia nesta situação também é responsável porque, da mesma forma, assumiu o risco juntamente com o médico anestesista.
Portanto, neste caso, pouco importa que o médico anestesista seja da equipe do médico cirurgião, a responsabilidade civil do cirurgião é solidária em razão de tratar-se de ilícito penal e não só contratual.
IMPERÍCIA
Falta de experiência ou conhecimentos práticos necessários ao exercício de sua profissão, inábil.
A imperícia se caracteriza quando o médico tem todos os sintomas que indicam claramente uma determinada doença e, por falta de prática, prescreve tratamento para outra doença.
É imperito ainda o médico cirurgião que, equivocadamente, corta músculos, veias ou nervos que não podem ser suturados, gerando seqüelas para o paciente.
São comuns pessoas que se submetem a cirurgias plásticas e têm músculos seccionados e perdem os movimentos da expressão. Há casos em que o paciente submete-se a uma cirurgia de próstata e, devido a uma cisão de um músculo peniano, perde a potência e até o controle da urina.
Ou que se submetendo a uma cirurgia de varizes tem seccionado o nervo fibular comum, com seqüelas para o paciente.
É importante ressaltar que não são todos os tipos de erros médicos que ensejam a indenização civil, porque os próprios tribunais superiores já têm jurisprudência pacificada de que o ser humano, por mais especializado que seja, está sujeito ao erro, à falibilidade.
Mas o erro grosseiro, aquele que poderia ser evitado com cautela e atenção ou em obediência às normas médicas recomendadas, é que pode dar ensejo a indenização civil.

17 de setembro de 2008

5S: 50 t de lixo são retiradas de casa em Campinas (SP)

Fonte: Agora (Folha Online)

A Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde de Campinas concluiu na tarde de terça-feira (16) a retirada de cerca de 50 toneladas de lixo em uma casa na rua Cristóvão Bonini, em Campinas (93 km de SP). Segundo o supervisor de controle ambiental, Daniel Rodrigues, uma equipe de 35 pessoas levou dois dias para retirar o lixo manualmente e com a ajuda de carrinhos. "Estava nos fundos do quintal. Não tinha como usar máquinas", disse. Segundo Jorge Luiz Stoco, 40, morador da casa, o lixo era guardado para ser reciclado.

11 de setembro de 2008

NEXO PREVIDENCIÁRIO: INSS unifica relação da doença com trabalho

Fonte: GRESETIVAP

Por ACS/MPS: O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) unificou o reconhecimento dos nexos epidemiológico, de acidentes e de doenças do trabalho – Nexo Técnico Previdenciário (NTP) -, com a Instrução Normativa nº 31, publicada hoje (11), no Diário Oficial da União, que revoga a IN nº 16, de abril de 2007. A IN aperfeiçoa o reconhecimento pela Previdência Social de doenças relacionadas ao trabalho, confirmando a nova metodologia do nexo epidemiológico e do combate sistemático às sub-notificações.

A nova IN discrimina melhor as espécies de nexos técnicos possíveis de serem aplicados pela perícia médica previdenciária, ampliando as opções em um mesmo dispositivo. Ela relaciona com mais detalhes o que está disposto no Anexo II Decreto 3.048/99. A IN anterior versava quase que exclusivamente sobre o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP). Os nexos ajudam a reconhecer os direitos e a proteger a saúde dos trabalhadores.

O reconhecimento dessas incapacidades relacionadas ao trabalho remete as empresas a observarem com mais consistência os programas de proteção à saúde dos trabalhadores e as normas legais pertinentes. A IN publicada nesta quinta-feira explicita a fundamentação legal de cada espécie de nexo técnico. Ela também facilita o entendimento, tanto pelos trabalhadores como pelos empregadores, para os casos que necessitem de manifestação de discordância quanto à aplicação, ou não, dos nexos.

A IN, portanto, torna mais transparente a caracterização das doenças ou acidentes relacionados ao trabalho. Entre as mudanças mais importantes estão: 1) Maior transparência ao determinar que conste da Comunicação de Decisão - correspondência enviada pelo INSS ao beneficiário - a informação sobre a espécie de nexo técnico aplicada ao seu benefício por incapacidade. Antes, só figuravam códigos de difícil entendimento para os trabalhadores; 2) O trabalhador somente será chamado a se manifestar em relação à contestação do empregador - no caso de contestações ao Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP) – se a perícia tender aos argumentos da empresa. Pois, caso contrário, os direitos decorrentes do nexo estarão assegurados, sem obrigar o Não haverá mais a possibilidade de sesegurado a produzir provas; 3) estabelecer ou retirar o nexo técnico em exames periciais de Pedido de Prorrogação (PP) ou de Pedido de Reconsideração (PR).

A finalidade de tais perícias não é a manifestação sobre o nexo, mas tão-somente à conclusão sobre a duração e a existência de incapacidade laborativa. O Sistema de Administração de Benefícios por Incapacidade (Sabi), do INSS, já foi adequado para que os médicos peritos informem em que situação o segurado se enquadra, com base na nova IN. Empresas – Quando a decisão da perícia do INSS for formulada com base nos nexos técnicos profissional/trabalho ou por doença equiparada a acidente de trabalho/individual, e o empregador discordar da decisão, será possível interpor recurso ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS).

Essa medida, no entanto, não terá efeito suspensivo. Quando a decisão da perícia for com base no NTEP, à empresa cabe a contestação diretamente na Agência da Previdência Social (APS). No caso de indeferimento da contestação, aí sim o recurso deverá ser feito ao CRPS.

Nessa situação, haverá efeito suspensivo da modalidade do benefício concedido. Nexos – O Nexo Técnico Previdenciário foi discriminado em três categorias, na IN 31: 1) Nexo técnico profissional ou do trabalho - Fundamentado nas associações entre patologias e exposições constantes das listas A e B do Anexo II do decreto 3.048/99, em que constam os fatores de exposição químicos, físicos e biológicos associados a cada doença. 2) Nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo técnico individual - Decorrente de acidentes de trabalho (típicos ou de trajeto), bem como de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele relacionado diretamente (§ 2º do art. 20 da lei 8.213/91). 3)Nexo técnico epidemiológico previdenciário - Aplicável quando houver significância estatística da associação entre o código da Classificação Internacional de Doenças – CID - e o da Classificação Nacional de Atividade Econômica – CNAE (doenças infecciosas e parasitárias relacionadas com o trabalho).

6 de setembro de 2008

Fontes de Energia tradicionais....

Fonte: Veja On-Line.

CARVÃO MINERAL

Popularizado a partir da Revolução Industrial, o carvão mineral é responsável por 40% da produção total de energia no mundo. No atual ritmo de consumo, as reservas conhecidas são suficientes para mais dois séculos.

PRÓ: é abundante, encontrado com facilidade na maioria dos países.

CONTRA: o carvão mineral é o mais poluidor entre os combustíveis fósseis.

PETRÓLEO

Responde por 40% de toda a energia produzida no planeta. Ainda não se encontrou substituto mais eficiente e barato para a gasolina usada nos automóveis.

PRÓ: funciona bem na maioria dos motores e, apesar das oscilações de preço, mantém boa relação custo-benefício.

CONTRA: as reservas concentram-se em poucos países, que podem manipular o preço. É um dos maiores poluidores do ar.

GÁS NATURAL

Ao contrário do que se pensava há duas décadas, as reservas desse combustível fóssil são abundantes. A produção deve dobrar até 2010. É cada vez mais usado para gerar eletricidade.

PRÓ: é versátil, de alta eficiência na produção de eletricidade e não vai faltar. Polui menos que o carvão e o petróleo.

CONTRA: os preços instáveis em algumas regiões; exige grandes investimentos em infra-estrutura de transporte (gasodutos ou terminais marítimos).

HIDRELÉTRICAS

As usinas respondem por 18% da energia elétrica global. São responsáveis pelo fornecimento de 50% da eletricidade em 63 países e por 90% em outros 23, entre eles o Brasil.

PRÓ: são uma fonte de energia renovável, que produz eletricidade de forma limpa, não poluente e barata.

CONTRA: exigem grande investimento inicial na construção de barragens. Podem ter a operação prejudicada pela falta de chuvas.

ENERGIA NUCLEAR

Apesar da chiadeira dos ambientalistas, é a terceira maior fonte de geração de eletricidade. Há 438 usinas nucleares em operação, seis delas recém-inauguradas (uma na República Checa, uma no Brasil, três na Índia e uma no Paquistão).

PRÓ: as reservas de combustível nuclear são abundantes, não emite poluentes, o avanço tecnológico tornou as usinas mais seguras.

CONTRA: a usina exige grande investimento, demora para entrar em operação e produz lixo radiativo. Sofre o estigma de acidentes, como o de Chernobyl.

...e as alternativas

EÓLICA

É a fonte de energia alternativa com maior taxa de crescimento. Ainda assim, só entra com 0,1% da produção total de eletricidade. É a favorita dos ambientalistas.

PRÓ: poluição zero. Pode ser complementar às redes tradicionais.

CONTRA: instável, está sujeita a variações do vento e a calmarias. Os equipamentos são caros e barulhentos.

GEOTÉRMICA

Aproveita o calor do subsolo da Terra, que aumenta à proporção de 3 graus a cada 100 metros de profundidade. Representa apenas 0,3% da eletricidade produzida no planeta.

PRÓ: custos mais estáveis que os de outras fontes alternativas. É explorada nos Estados Unidos, Filipinas, México e Itália.

CONTRA: só é viável em algumas regiões, que não incluem o Brasil. É mais usada como auxiliar nos sistemas de calefação.

SOLAR

Ainda não se mostrou capaz de produzir eletricidade em grande escala. A tecnologia deixa a desejar e o custo de instalação é alto. Para produzir a mesma energia de uma hidrelétrica, os painéis solares custariam quase dez vezes mais.

PRÓ: útil como fonte complementar em residências e áreas rurais distantes da rede elétrica central. Índice zero de poluição.

CONTRA: o preço proibitivo para produção em média e larga escalas. Só funciona bem em áreas muito ensolaradas.

BIOMASSA

Agrupa várias opções como queima de madeira, carvão vegetal e o processamento industrial de celulose e bagaço de cana-de-açúcar. Inclui o uso de álcool como combustível. Responde por 1% da energia elétrica mundial.

PRÓ: aproveita restos, reduzindo o desperdício. O álcool tem eficiência equivalente à da gasolina como combustível para automóveis.

CONTRA: o uso em larga escala na geração de energia esbarra nos limites da sazonalidade. A produção de energia cai no período de entressafra. Dependendo de como se queima, pode ser muito poluente.

Toyota

EFICIÊNCIA

Melhorar a tecnologia de máquinas e os hábitos de consumo permite melhor aproveitamento da energia e reduz a poluição. No Brasil, perdem-se 13% da eletricidade com o uso de equipamentos obsoletos. Em alguns países já estão rodando carros híbridos, que combinam gasolina e eletricidade.

PRÓ: é um modo sensato de poupar a energia disponível.

CONTRA: exige investimentos pesados em pesquisas tecnológicas. Também é necessário convencer as pessoas a colaborar.

Fontes: World Energy Council, Greenpeace, Instituto de Energia Eletrotécnica/USP

3 de setembro de 2008

Poli cria sistemas que combatem Síndrome dos Prédios Doentes

Dois sistemas de ar-condicionado mais eficientes, de fácil limpeza e manutenção, desenvolvidos na Escola Politécnica (Poli) da USP, auxiliam no combate à Síndrome dos Edifícios Doentes. O problema, que afeta cerca de 20% da população que trabalha em ambientes climatizados, tem como principal causa a manutenção inadequada do ar-condicionado. No Brasil, uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu regras para que esses sistemas não sejam uma ameaça à saúde.

Os novos sistemas foram desenvolvidos pela professora Brenda Chaves Coelho Leite, do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli, e instalados em dois ambientes da Escola. Um deles possui serpentinas de água gelada, instaladas no teto, que irradiam frio para o ambiente; o outro possui uma câmara de ar resfriado debaixo do piso, por onde também sai o ar. Além da facilidade de limpeza e manutenção, os sistemas oferecem total conforto térmico, são silenciosos e econômicos no uso de energia.

“Os dois sistemas conseguem uma distribuição uniforme de temperatura, sem correntes de ar turbulentas", explica a professora. "Graças a um conjunto de sensores, que enviam informações à central de automação, os ajustes programados por softwares são feitos de modo a manter o equilíbrio e o conforto térmico no ambiente”.

Piso

Em um dos ambientes está instalado o Sistema de Distribuição de Ar pelo Piso, com Fluxo por Deslocamento. O ar é resfriado em uma máquina que fica no pavimento superior e conduzido por um duto até o vazio do piso elevado (plenum), que se torna uma câmara de ar resfriado e pressurizado. O ar frio passa por diferença de pressão, por meio de difusores, para o ambiente. Ao entrar em contato com as fontes de calor (pessoas e equipamentos), o ar se aquece e sobe lentamente para o teto por convecção natural, de onde sai através de grelhas.

Para o trabalho de limpeza e manutenção, basta remover algumas placas do piso para se ter acesso ao plenum. “Como o sistema dispensa dutos secundários, a limpeza e manutenção também fica restrita ao duto principal”, acrescenta Brenda. Outra vantagem é a flexibilidade para mudança de layout do escritório, já que as placas, com e sem difusores, podem ser facilmente redistribuídas.

A economia de energia é de 34% em relação aos sistemas convencionais. Agora, a professora Brenda está analisando o potencial do sistema para a remoção de poluentes. Entre os principais sintomas associados à Síndrome dos Edifícios Doentes, estão a rinite, irritação nos olhos, dor de cabeça, fadiga e náuseas.

Água

O outro sistema, denominado Condicionamento por Teto Radiante, emprega painéis instalados no teto, formados por placas de forro metálico perfurado, nas quais são acopladas serpentinas de água gelada que irradiam o frio para o ambiente. Como conta também com ar resfriado, esse sistema pode ser definido como híbrido. Ele também é economizador ou “verde”, pois a água é mais eficiente que o ar na troca de calor, exigindo menor quantidade de energia para resfriar o ambiente.

“No teto, fizemos uma composição das placas metálicas; com e sem serpentina, onde também foram incorporadas as luminárias, os difusores e as grelhas, de acordo com as necessidades do ambiente”, descreve a professora da Poli. O sistema conta com grupos de tubulações que conduzem a água fria até as serpentinas e tubulações de retorno, que retiram a água que absorveu o calor e leva de volta para o resfriamento.

Por meio de um sistema de automação, o ambiente é dividido em zonas e cada circuito hidráulico tem uma válvula que trabalha separadamente. “Dessa maneira, é possível criar diferentes zonas de conforto: quando a sala está parcialmente ocupada, trabalha-se com vazões de água diferenciadas, de modo a manter a homogeneidade da temperatura e, com isso, economizar energia”, conclui Brenda.
(Agência USP de Notícias - Com informações da Assessoria de Imprensa e Comunicação do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli - Mais informações : (11) 5549-1863 / 5081-5237 / 9185-9557)

Bateria doce


Site: IDG Now!

Com capacidade de 50 miliWatts, a bateria de açúcar pode alimentar um Walkman e até um pequeno ventilador. A biocélula, que mede 39 milímetros cúbicos, bateu um recorde mundial de geração de energia a partir de quebra de moléculas de açúcar. Veja o vídeo de testes da bateria.