26 de setembro de 2008

Estudo mostra queda na taxa de mortalidade no trânsito das capitais brasileiras

Colaboração para a Folha Online

A taxa de mortalidade em acidentes de trânsito em comparação com a população registrou queda entre 1996 e 2005 nas 27 capitais do Brasil, de acordo com dados do livro "Acidentes de Trânsito no Brasil: a Situação das Capitais", lançado nesta sexta-feira pela Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Trânsito).

A publicação, elaborada pelas pesquisadoras Maria Helena de Mello Jorge e Maria Koizume, tem como base dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), Ministério da Saúde e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O cálculo da incidência é feito pela divisão do número de mortos por cada cem mil habitantes. O índice passou de 25,6, em 1996, para 17,2, em 2005. No período, em números absolutos, também houve redução no número de acidentes com vítima na comparação entre 1999 e 2006, quando o número passou de 105.036 para 101.871.

Apesar da queda, a participação dos acidentes de moto na mortalidade no trânsito cresceu. No período, o índice passou de 0,4 para 2,3.

O taxa mais alta foi registrada em Boa Vista (RR) --7,4--, e a menor em Rio Branco (AC): 0,3. São Paulo, com índice de 1,4, ocupa a 20ª posição, a mesma que Recife (PE).

Segundo Koizume, além da mortalidade, um dos grandes problemas são as seqüelas que ocorrem com as vítimas, que as deixa, muitas vezes, incapacitada. "Estamos falando de uma população que é a força de trabalho do Brasil, público jovem e do sexo masculino". disse.

A pesquisadora afirmou que a grande queda no número de acidentes ocorreu no período entre 1999 e 2000, pouco depois da implantação do Código de Trânsito Brasileiro, que trouxe penalidades mais pesadas às infrações de trânsito.

"Depois houve um afrouxamento da fiscalização e o índice voltou a subir. A subida não é muito grande, mas são taxas resistentes", afirmou.

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