30 de março de 2009

Novas substâncias químicas perigosas geram maiores riscos à saúde dos trabalhadores europeus

O contato com uma grande variedade de produtos químicos e outras substâncias perigosas no trabalho coloca em risco a saúde dos trabalhadores em toda a Europa, sendo a nanotecnologia um dos riscos que mais preocupa os peritos de 21 países europeus.
Um relatório da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA), designado "Expert Forecast on Emerging Chemical Risks" (previsões de peritos sobre os riscos químicos emergentes associados à segurança e à saúde no trabalho), identificou os principais grupos de substâncias que podem colocar novos e maiores riscos para os trabalhadores, contribuindo para doenças que vão desde alergias, asma e infertilidade a doenças cancerígenas.
As substâncias perigosas estão presentes não só na indústria química, como também em profissões como a agricultura, a enfermagem, a construção e em muitas pequenas e médias empresas (PME) não ligadas à indústria química.
As estimativas apontam para um número anual de 74 000 mortes resultantes de acidentes de trabalho associados a substâncias químicas existentes no local de trabalho. Isto significa que as substâncias perigosas provocam 10 vezes mais mortes do que os acidentes de trabalho.
Cerca de 15% dos trabalhadores europeus referem que manuseiam produtos químicos durante um quarto do tempo de trabalho, enquanto 10% referem que inalam vapores e 19% referem trabalhar em ambientes com poeira, fumo e tabaco nos locais de trabalho.
O relatório Expert Forecast on Emerging Chemical Risks, elaborado por 49 peritos de toda a Europa, coloca as nanopartículas no topo da lista de substâncias para as quais os trabalhadores necessitam de proteção. A nanotecnologia é utilizada, por exemplo, em produtos cosméticos e de TI e deverá crescer rapidamente num mercado europeu global que movimenta milhares de milhões de euros.

Fonte: EU-OSHA

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