29 de abril de 2009

OS ACIDENTES DE TRABALHO CAUSAM CERCA DE 3 MIL MORTES POR ANO NO PAÍS

Fonte: Agência Brasil
Os acidentes de trabalho causam cerca de 3 mil mortes por ano no país. Dados da Previdência Social mostram que, no setor privado, 653.090 acidentes foram registrados em 2007, número maior que o do ano anterior, de 512.232 casos.

Para lembrar que esse tipo de problema continua ocorrendo em todo o mundo, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu o 28 de abril como o Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho.

A situação, no entanto, já foi pior no Brasil. "Em 1973, quando o governo federal iniciou uma campanha nacional visando a conscientizar e a mobilizar a sociedade sobre o alto número de acidentes na iniciativa privada, as estatísticas apontavam que 20% dos trabalhadores com carteira assinada já haviam sido vítimas de algum tipo de acidente", informa o engenheiro de segurança do trabalho e presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) do Distrito Federal, Francisco Machado.

Ex-secretário nacional de Engenharia e Medicina do Trabalho, entre 1982 e 1986, Machado foi também fundador da Associação Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho (Anest) e há 25 anos se dedica ao tema. "Em 1985 a situação melhorou, a partir da criação de cursos de pós-graduação para profissionais de engenharia e medicina do trabalho. Mas, na década de 90, houve um retrocesso e a segurança do trabalho deixou de fazer parte das prioridades do governo, com o rebaixamento da Secretaria de Segurança do Trabalho para o status de departamento", lembra.
As estatísticas, que até então vinham caindo, passaram a ficar estáveis.

Para o presidente da Associação Brasiliense de Engenharia de Segurança do Trabalho (Abraest), Delfino Lima, os empregos na construção civil estão entre os que mais apresentam problemas. "No Brasil, as notificações de acidentes do trabalho sequer refletem a realidade, uma vez que a segurança do trabalho ainda não é uma unanimidade nas empresas regidas pela CLT [Consolidação das Leis do Trabalho], em especial nas pequenas e micro empresas."

Apesar de a maioria das atividades dos servidores públicos ser de risco leve, os acidentes de trabalho também ocorrem na esfera governamental. "Lamentavelmente o Sisosp [Sistema Integrado de Saúde Ocupacional do Servidor Público Federal], uma iniciativa apresentada em 2005 que prevê o controle dos riscos de agravo à saúde nos processos e ambientes de trabalho, é apenas uma proposta que até hoje não saiu do papel", avalia o presidente da Abraest.

28 de abril de 2009

Pelo menos 22 feridos em explosão de gás em Maria da Graça

POR MARCO ANTONIO CANOSA, RIO DE JANEIRO

Rio - Dez pessoas - a maioria estudantes do Cefet - feridas na explosão de um botij]ão de gás em lanchonete de Maria da Graça, no subúrbio do Rio, foram atendidas nos hospitais do Andaraí, na Tijuca, e Salgado Filho, no Méier. No Andaraí, o caso mais grave é de uma estudante de 18 anos que sofreu queimaduras de 1º, 2º e 3º graus em 90% do corpo e está internada no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ). Outra jovem de 23 anos sofreu queimaduras de 1º e 2º graus em 30% do corpo e está em observação, mas, segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, seu estado não é grave.

A terceira vítima levada para a unidade, uma jovem de 17 anos, teve 10% do corpo queimado e foi liberada depois de medicada. Ela fará tratamento ambulatorial. No Salgado Filho, sete pacientes foram atendidos. Um dos feridos, em estado grave, foi transferido mas a Secretaria Municipal de Saúde não soube dizer para qual unidade. Dois outros pacientes estão passando por cirurgia e quatro estão sendo avaliados pela equipe médica da unidade. O acidente foi em uma lanchonete, na Rua Domingos Magalhães, 82, em Maria da Graça.
Segundo vizinhos, no momento da explosão o local estava de alunos de uma unidade recém-inaugurada do Cefet e muitos estudantes se feriram. Uma das estudantes, segundo ainda os vizinhos, saiu do local com o corpo em chamas e foi socorrida por transeuntes. O dono da lanchonete também teria ficado gravemente ferido. Bombeiros do Méier foram ao local prestar atendimento às vítimas. A loja foi interditada e passará por perícia.

27 de abril de 2009

Metodologia avalia se doença é ocupacional

Fonte : Site Economia UOL.
De janeiro a março, a média mensal de emissões de auxílio-doença era de 10.095 pela Previdência Social. A partir de abril, esse número passou para 29.582 casos, o que significa que ele quase triplicou. O aumento, no entanto, não é decorrente da piora das condições de trabalho.

O número subiu porque a Previdência adotou o Nexo Técnico Epidemiológico - criado pela Lei 6.042/07 -, que permite ao perito avaliar se a doença foi adquirida dentro ou fora do ambiente de trabalho. Com isso, muitas das que não eram reconhecidas pelos empregadores tiveram de ser consideradas ocupacionais.

Realidade

A falta de informações sobre os riscos ocupacionais é responsável por lesões em um número de 20 milhões a 80 milhões de trabalhadores da América Latina e Caribe, segundo pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), a cada três horas, um trabalhador sofre acidente em seu ambiente de trabalho. Além disso, cerca de 492 mil acidentes ocorrem todos os anos no País.

Dentre as doenças mais freqüentes, de acordo com a Previdência Social, estão a dor lombar baixa, que de 113 casos na média mensal de janeiro a março passou para 1.632 de abril a julho deste ano. Em seguida, estão a dorsalgia, com 1.574 casos mensais no segundo trimestre, a sinovite e tenossinovite, com 1.419 casos.

Como evitar?

Para evitar as doenças e os acidentes de trabalho, é preciso que os funcionários exijam da empresa um ambiente mais seguro e adequado para as tarefas. Os profissionais devem usar suporte de documentos, apoiar os punhos ao digitar, abafar o ruído das impressoras matriciais, utilizar persianas, para reduzir claridade excessiva, e bordas arredondadas nas mesas, além de retirar as gavetas que atrapalham o espaço das pernas sob a mesa.

Os hábitos no ambiente de trabalho podem fazer com que as pessoas desenvolvam doenças sérias, como as de visão, para quem passa muito tempo em frente ao computador.

"Os sintomas mais freqüentes são dores de cabeça, irritação e vermelhidão na vista, sensações de ardor, tremor involuntário das pálpebras e o agravamento de visão em geral", disse o diretor do Eye Care Hospital dos Olhos, Renato Neves.

Sentar de qualquer jeito ou ficar muito tempo em pé pode causar outros problemas de saúde. O correto é que mesas e cadeiras estejam ajustadas à altura do usuário, permitindo que a coluna permaneça ereta e que a pessoa não precise se curvar.

O ideal é que o mobiliário tenha espaço livre para permitir o movimento das pernas. Os braços das cadeiras devem ter apoio para os cotovelos e altura adequada. O ambiente, por sua vez, deve ser claro, sem reflexos diretos no computador. Alongue-se freqüentemente. Isso fará com que seus músculos se tornem mais flexíveis e melhorará sua postura e qualidade de vida.

24 de abril de 2009

Bebê sobrevive em cadeirinha após carro arrastá-lo por 1 km durante assalto em Maceió

Carlos Madeiro
Especial para o UOL Notícias
Em Maceió

Um bebê de quatro meses escapou com vida após ser sequestrado, jogado pela porta do carro e arrastado preso à cadeira especial em que estava por mais de um quilômetro durante um assalto na noite desta quinta-feira em Maceió (AL).

Cadeirinha salvou o bebê após assalto a carro em Maceió

A ação dos criminosos aconteceu por volta das 19h30, na avenida Sandoval Arroxelas, uma das mais movimentadas do bairro da Ponta Verde, orla marítima da capital alagoana e área nobre da cidade. Estavam no carro a mãe, a avó e o bebê.
O carro foi abordado por três homens armados quando chegava ao prédio onde as duas mulheres e o bebê moram. Os assaltantes obrigaram a mãe e a avó a descerem do veículo, mas não perceberam a presença do bebê no banco de trás.
Durante a fuga, segundo testemunhas, os criminosos se deram conta da presença da criança, abriram a porta e arremessaram a cadeira com o bebê, que ficou presa ao cinto de segurança.
Aparentemente sem notar que arrastavam a criança, os assaltantes dirigiram em alta velocidade pelas principais avenidas do bairro. Como estava preso ao cinto da cadeira, o bebê ficou ferido, mas sobreviveu ao incidente.
Segundo testemunhas, a mãe e a avó tentaram avisar aos ladrões sobre o bebê dentro do carro, sem sucesso. "Eles pareciam drogados. Deu para ver que eram jovens", afirmou uma das testemunhas, que preferiu não se identificar.
A fuga dos bandidos chamou a atenção dos motoristas, motociclistas e pedestres. Mesmo alertados pelas buzinas e acenos, os assaltantes seguiram para a avenida que fica à beira-mar e é o principal ponto turístico da capital alagoana. Os criminosos chegaram a ser perseguidos por um motociclista, que avisava da criança presa ao cinto.
Ao pararem em um sinal de trânsito, e ao notarem a criança ainda presa ao carro, os três homens deixaram o veículo e fugiram a pé. Em poucos minutos, o local ficou cheio de curiosos, que acionaram a Polícia Militar e o socorro médico. O bebê sofreu arranhões e ficou com hematomas nos braços, pernas e rosto.
A cadeira ficou com as marcas de sangue da criança. Ele foi levado por uma equipe do Samu para a Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Após ser medicado, passou por exames físicos e neurológicos e não corre risco de morrer.
A mãe da criança só soube da libertação e ferimentos do filho após o resgate e também precisou de atendimento médico ao chegar ao hospital. O pai da criança prestou depoimento ainda na noite de ontem na Delegacia de Plantão 3. Nenhum familiar quis conversar com os jornalistas. A polícia não conseguiu prender os assaltantes.

20 de abril de 2009

Câmara amplia concessão do adicional de periculosidade.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quinta-feira a introdução de novos critérios na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para caracterização de uma atividade como perigosa, condição que garante ao trabalhador um adicional de 30% sobre o salário. De caráter conclusivo, o projeto agora segue para o Senado.

Em seu parecer, o relator, deputado Geraldo Pudim (PMDB-RJ), recomendou a aprovação do substitutivo da comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aos projetos de lei 1033/03, da deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), e 1562/07, do deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), que tramitam apensados. O substitutivo engloba os dois projetos.

Risco acentuado - Pelo texto aprovado, são consideradas perigosas as atividades ou operações que envolvam risco acentuado devido a contato permanente com inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; roubos ou outras espécies de violência física; acidentes de trânsito; e acidentes de trabalho.

"As propostas pretendem justamente estabelecer condições de trabalho consideradas perigosas e impor o adicional consequente como forma de onerar o trabalho realizado nas condições que especifica, estimulando investimentos para eliminar ou, pelo menos, minimizar tais condições", afirmou o relator.

Hoje, a CLT (Decreto-Lei 5.452/43) reconhece como perigosas apenas as atividades que impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.

O PL 1033/03 prevê adicional de periculosidade de 30% sobre o salário para vigilantes e empregados em transporte de valores. Já o PL 1562/07 altera a CLT para estender o adicional de periculosidade "ao trabalhador que exercer suas atividades sujeito a elevados riscos de roubos ou outras espécies de violência física; acidentes de trânsito e acidentes do trabalho".
Fonte: Agência Câmara, 17.04.2009

9 de abril de 2009

O que é mais ecologicamente correto: jogar o papel higiênico no lixo ou na privada?

TEXTO SILVIA HAIDAR (Revista Superinteressante)
Se o papel for fino, daqueles macios, de folha dupla, que se dissolvem na água, jogue-o na privada. Quando passar pelo sistema de tratamento de esgoto, ele será filtrado e, juntamente com os outros resíduos sólidos, levado a um aterro sanitário – que é pra onde ele iria se você o tivesse jogado no lixo. A diferença é que, nesse processo, você economiza em saquinhos plásticos para embalar o lixo.
Eles, sim, fazem muita diferença para o ambiente: enquanto o papel leva 4 meses pra se degradar, o saquinho leva cerca de 40 anos.Agora, se o papel que você usa não é dos melhores, o jeito é jogá-lo no lixo mesmo. Apesar de não ser capaz de, sozinho, bloquear o fluxo de água na rede de esgoto, seus resíduos podem piorar entupimentos já formados durante o percurso rumo à estação.
O mesmo vale para cidades em que não há tratamento de esgoto: nesse caso, o papel vai direto para os rios, contribuindo para a poluição das águas.

8 de abril de 2009

20 ANOS VAZAMENTO DO EXXON VALDEZ

O Exxon Valdez ocupa a 35a. posição, entre os maiores vazamentos.

Os maiores vazamentos de óleo já registrados no mundo:

1 Atlantic Empress 1979 Off Tobago, West Indies 287,000
2 ABT Summer 1991 700 nautical miles off Angola 260,000
3 Castillo de Bellver 1983 Off Saldanha Bay, South Africa 252,000
4 Amoco Cadiz 1978 Off Brittany, France 223,000
5 Haven 1991 Genoa, Italy 144,000
6 Odyssey 1988 700 nautical miles off Nova Scotia, Canada 132,000
7 Torrey Canyon 1967 Scilly Isles, UK 119,000
8 Sea Star 1972 Gulf of Oman 115,000
9 Irenes Serenade 1980 Navarino Bay, Greece 100,000
10 Urquiola 1976 La Coruna, Spain 100,000
11 Hawaiian Patriot 1977 300 nautical miles off Honolulu 95,000
12 Independenta 1979 Bosphorus, Turkey 95,000
13 Jakob Maersk 1975 Oporto, Portugal 88,000
14 Braer 1993 Shetland Islands, UK 85,000
15 Khark 5 1989 120 nautical miles off Atlantic coast of Morocco 80,000
16 Aegean Sea 1992 La Coruna, Spain 74,000
17 Sea Empress 1996 Milford Haven, UK 72,000
18 Katina P 1992 Off Maputo, Mozambique 72,000
19 Nova 1985 Off Kharg Island, Gulf of Iran 70,000
20 Prestige 2002 Off Galicia, Spain 63,000
35 Exxon Valdez 1989 Prince William Sound, Alaska, USA 37,000

Oleoduto PE-2 (Baía de Guanabara – Brasil, 2000) – 1,3 milhões de litros de óleo

Maior vazamento de óleo do mundo:

Atlantic Empress (Off Tobago - West Indies, 1979) - 287 milhões de litros de óleo

Fonte:ITOPF