22 de abril de 2008

Norma Regulamentadora 33

Eng.º Júlio Cesar Machado Guimarães (ABPA)
Em dezembro último, foi publicada a NR 33 que regulamenta todas as atividades profissionais realizadas em espaços considerados confinados dentro das empresas. Assim, todas as empresas que possuem em suas instalações áreas, que pela definição desta NR se enquadram como espaços confinados, devem providenciar o atendimento as exigências legais, das quais destacamos as principais:
- capacitar através treinamentos as seguintes funções nomeadas na NR como: entrante, vigia e supervisor de entrada;
- implementar a gestão em segurança e saúde do trabalhador em espaços confinados;
- identificar e sinalizar todos espaços confinados;- antecipar, reconhecer, avaliar os riscos e adotar as respectivas medidas de controle;
- criar o cadastro dos espaços confinados;
- elaborar procedimentos para trabalhos em espaços confinados;
- adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho (PET) às peculiaridades da empresa; e
- implantar sistema de controle para rastreabilidade das PET's.
Quanto aos treinamentos que estão previstos na Norma.
1) Para entrante e vigia:
- carga horária = 16 horas
- público alvo = todos que adentrarão ou atuarão como vigia em trabalhos nos espaços confinados;
- reciclagem = anual;
- conteúdo programático = definições; reconhecimento, avaliação e controle dos riscos; equipamentos utilizados; utilização da PET e noções de resgate e primeiros socorros.
2) Para supervisor de entrada:
- carga horária = 40 horas
- público alvo = funções designadas pela empresa para atuarem como supervisores de entrada
- reciclagem = anual
- conteúdo programático = o mesmo conteúdo previsto acima, acrescido de: identificação dos espaços confinados; critérios de identificação e uso dos equipamentos; conhecimento sobre práticas seguras em espaços confinados; legislação; programa de proteção respiratória; áreas classificadas e operações de salvamento.
Nós da ABPA estamos capacitados a auxiliá-lo no cumprimento desta Norma Regulamentadora, realizando os treinamentos de capacitação acima mencionados, bem como, oferecendo assistência técnica ou consultoria para o desenvolvimento e implementação de qualquer atividade prevista na norma.

16 de abril de 2008

Alergias no local de trabalho


Doente por causa do trabalho? A maioria de nós brinca que está. Mas algumas pessoas ficam literalmente doentes em seu local de trabalho, sofrendo de uma condição chamada síndrome do edifício doente. Este artigo falará sobre as alergias que você contrai em seu ambiente de trabalho. O escritório como incubadora Em um esforço para conservar energia, modernos edifícios de escritórios são construídos hermeticamente fechados, freqüentemente com circulação inadequada de ar fresco. Alérgenos e substâncias irritantes enchem o ar sem ter por onde sair. Solventes para a limpeza de carpetes deixam resíduos químicos irritantes. Fibras de vidro ou outras partículas no ar incomodam os olhos.
Esporos de fungos, circulando livremente nas unidades úmidas de ar condicionado em contínuo funcionamento, incomodam narizes sensíveis. E se os colegas de trabalho tiverem animais de estimação em casa, é possível que até mesmo vírus da raiva seja encontrado na atmosfera do ambiente de trabalho. Espaços fechados de escritório não são o único local de trabalho suscetível a problemas ambientais. Muitos profissionais e comerciantes, por causa das substâncias químicas com que trabalham, também estão propensos a alergias ambientais, trabalhando em ambientes fechados ou abertos. As profissões que são suscetíveis a alergias incluem:
  • trabalhadores industriais que lidam com tintas, químicos, solventes e plásticos;
  • cabeleireiros, que trabalham constantemente com tinturas, permanentes, esmaltes e removedores de esmalte;
  • trabalhadores agrícolas que lidam com fertilizantes e pesticidas;
  • operadores de máquina fotocopiadora que trabalham em escritórios fechados com máquinas e papéis que emitem gases muito prejudiciais;
  • médicos, que podem se tornar sensíveis ao látex (como o de luvas cirúrgicas);
  • padeiros, que podem sofrer de alergias à farinha ou ao trigo, apelidada de "rinite do padeiro" em menção às vítimas mais afetadas.

Sintomas alérgicos ambientais

Os sintomas dependem daquilo a que você está exposto, a que quantidade, com que freqüência e por quanto tempo você foi exposto. Eles podem incluir coceira ou ardor nos olhos, erupções, dor de garganta, dores de cabeça, tontura e fadiga. Os fatores que contribuem para a suscetibilidade incluem a idade, o histórico de alergias, a saúde em geral e o nível geral de estresse. As alergias ambientais são difíceis de diagnosticar e também mais difíceis de evitar. E você não pode simplesmente parar de ir trabalhar. Suas alergias são relacionadas ao trabalho? Um pouco de investigação pode oferecer pistas sobre se você é ou não alérgico a um ambiente de trabalho. Faça as seguintes perguntas:

  1. quando os sintomas começam e quando eles param?
  2. os sintomas começam em uma determinada área (a sala da copiadora, por exemplo) ou quando estou realizando um trabalho específico?
  3. quais são os sintomas nos finais de semana ou nas férias?

Leve suas observações para o seu médico. A "síndrome do edifício doente" não é uma ocorrência comum. Mas se você começar a ter sintomas alérgicos, é melhor identificar se é seu local de trabalho que está causando o problema.

12 de abril de 2008

A Janela de Johary

Fonte:
http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Janela_de_Johari.htm


A janela enfoca a questão do Relacionamento Interpessoal, baseado nas descobertas de JOSEPH LUFT & HARRY INGHAM , dois cientistas sociais (um psicólogo e outro psiquiatra) que se dedicaram a estudar as questões pertinentes ao comportamento humano e seus reflexos, representadas em uma janela de quatro vidraças. É um modelo conceitual ou perspectivo para uma visão do relacionamento interpessoal. Com os quatro quadrantes de uma janela pode-se ver como as pessoas se relacionam em grupos.
A dinâmica do relacionamento interpessoal faz esses quadrantes se moverem (aumentando e diminuindo) principalmente após respostas aos estímulos (feedback) que recebemos ao nos relacionarmos em grupo. Estes, por sua vez, nos ajudam a compreender uns aos outros. Os quadrantes, sendo observados em termos de coluna e barra, podem diferenciar-nos do grupo.
A primeira coluna contém aquilo que sabemos a nosso respeito. A segunda coluna contém aquilo que não sabemos a nosso respeito. A primeira barra contém o que os outros conhecem a nosso respeito. A segunda barra contém aquilo que os outros desconhecem a nosso respeito. Estes quadrantes, sendo observados particularmente, são definidos em Arena, Mancha Cega, Fachada e Desconhecida.
Tipos de Quadrantes
  • Arena (ou área livre) é o primeiro quadrante, mostra o que é conhecido de nós próprios e dos outros. Parte fundamental do relacionamento pois é o que somos capazes de mostrar conscientemente. Ela se abre a medida que a confiança e verdade aumentam. Informações pessoais são compartilhadas. É a troca livre e aberta de informações. Exemplo: Quando se conversa com um amigo sobre algo particular, um desabafo relatando fatos. O aumento dessa arena é considerável, pois há sinceridade.
  • Mancha Cega, quadrante na parte superior direita, representa o que não percebemos de nós mesmos mas que os outros percebem. Parte que mostramos inconscientemente. Exemplo: Nossos tiques, verbalizações, estilos. O feedback para este quadrante é essencial pois só com eles podemos descobrir melhor nossa mancha cega.
  • Fachada (ou área oculta), quadrante inferior esquerdo, é o que conhecemos de nós mesmos mas não revelamos, nossa parte secreta. Desconhecido do grupo pois ocultamos para evitar feedback que não gostaríamos de receber, ou julgamentos que possamos receber ao revelarmos sentimentos, reações, pensamentos. Mas, se não assumirmos certos riscos, nunca descobriremos quais seriam as possíveis reações alheias. Exemplo: Nossas habilidades natas, ou conhecimentos que adquirimos e de certa forma ocultamos ou apenas usamos disciplinadamente. Isso pode caracterizar o egoísmo quando queremos controlar ou manipular ou outros. Geralmente os chefes não revelam táticas e pensamentos por estratégia própria.
  • Desconhecido (ou ignorado), parte inferior direita, é a parte desconhecida de nós e dos outros, nossa parte inconsciente. Este quadrante é de nossas motivações inconscientes, áreas inexploradas. Exemplo: Nossas habilidades latentes e recursos por descobrir que possam ser decorrência da primeira infância. Considerações Finais A janela de Johari é dinâmica e sua movimentação é variada principalmente a partir dos feedbacks e da auto-exposição. Dizem que o feedback para ser efetivo precisa ser pedido pela própria pessoa, nunca imposto. Deve ser oportuno e adequado nunca num momento de explosão ou raiva intensa. Mas também requer uma confirmação de sua interpretação pelo(s) interlocutor(es).
É importante ter consciência de que muitas vezes transmitimos informações (feedback) irrelevantes para as pessoas. Aplicável e específico: não se deve "atirar coisas ao ar" sem especificar o que elas querem dizer. Devemos ser neutros sempre que possível, desprovidos de julgamentos ou interpretações subjetivas. Os feedbacks não são somente compostos pelo que se diz, mas também por entonação, postura etc.
A Janela de Johari pode ser usada para qualquer tipo de relação interpessoal, principalmente em grupos. Quando as condições para o feedback são respeitadas e bem usadas a janela nos ajuda a compreender os outros e principalmente nós mesmos.

11 de abril de 2008

Estresse atinge sete em cada dez trabalhadores

*Gilberto Wiesel - UOL Canal Executivo.

A Qualidade Total foi, por bastante tempo, o principal foco das empresas. Atualmente, os executivos de todo país, estão voltados para uma nova realidade. A preocupação crescente está ligada a saúde. Pois, sete entre dez trabalhadores sofrem das doenças causadas pelo estresse.

O resultado dos sintomas para a empresa é devastador, pois o grande mal dos novos tempos está gerando trabalhadores apáticos e com baixa produtividade.
Afinal, o que é estresse?

Estresse é um conjunto de desequilíbrios frente a cobranças internas e/ou externas. No aspecto bioquímico, provoca o excesso de radicais livres, aumentando o lixo químico produzido em nosso organismo.No aspecto emocional, provoca sentimentos que geram raiva, medo, frustração e tristeza.
No aspecto comportamental, provoca atitudes que levam a irritabilidade, ansiedade, à depressão, à apatia e ao isolamento social.
O que deixa os brasileiros estressados segundo a fonte ISMA-BR:- 68% Violência- 59% Medo do desconhecido- 42% Situação econômica- 34% Falta de tempo- 28% Relacionamentos Interpessoais- 17% Longa jornada de trabalho

Segundo a pesquisa, o medo é o grande vilão, pois é o maior causador de tensão, maior até que as exigências crescentes no trabalho e os baixos salários.
Qual é o melhor tratamento para combater o estresse?
O melhor tratamento é aquele que abrange as três áreas do distúrbio. A bioquímica, o emocional e o comportamental.
As empresas deveriam oferecer mais programas de prevenção ao estresse disponibilizando profissionais que pudessem ajudar os colaboradores a cultivar os quatro pilares para sustentarem o equilíbrio. Refiro-me à Auto-estima, a Autoconfiança, a Flexibilidade e a Tolerância.

*Gilberto Wiesel é conferencista motivacional nas áreas de vendas, marketing, atendimento e relações humanas. (55) 3025-5698

7 de abril de 2008

No Dia Mundial da Saúde (07/04), OMS alerta para o aquecimento global

Mudanças climáticas podem trazer sérios problemas de saúde pública.Organização pede coordenação entre países para controlar o problema.

Saiba mais:
O aquecimento global traz impactos para a saúde pública de todos os países e só através da colaboração internacional esse desafio poderá ser vencido -- é o que alerta a OMS no Dia Mundial da Saúde 2008, comemorado nesta segunda-feira (7).

Entre as recomendações feitas pela agência das Nações Unidas está o fortalecimento da vigilância sanitária e o controle de enfermidades infecciosas. Com o aquecimento planetário, as autoridades de saúde temem que doenças tipicamente tropicais, como malária e dengue, atinjam os países hoje mais frios do Hemisfério Norte. No Hemisfério Sul, alagamentos em algumas regiões podem fortalecer ainda mais essas doenças; em outras, a seca pode levar à desidratação e à desnutrição.

A poluição do ar promete mais casos de asmas, bronquites e outros problemas de ordem respiratória, além de alergias. Também devem aumentar os casos de doenças ligadas ao estresse, que afetam coração, circulação e pulmões.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, afirma que se as mudanças climáticas não forem combatidas, os suprimentos de comida, ar e água estão sob risco. Ela também recomenda o fortalecimento da infraestrutura de saúde em países pobres e em desenvolvimento.

O maior impacto deve ser visto em regiões rurais e remotas, que serão as primeiras a receber o impacto climático, alerta a OMS.

6 de abril de 2008

Os benefícios do imposto de carbono

Fotógrafo:
Carolina Agência: Dreamstime

O propósito primário do imposto de carbono é diminuir as emissões dos gases do efeito estufa. O imposto cobraria uma taxa sobre os combustíveis fósseis com base na quantidade de carbono que eles emitem quando queimados. Assim, para reduzir as taxas, os serviços públicos, empresas e indivíduos tentariam usar menos energia derivada de combustíveis fósseis. Um indivíduo pode passar a usar transporte público e substituir lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes (CFLs).

Uma empresa pode aumentar a eficiência de energia instalando novos equipamentos ou atualizando os sistemas de aquecimento e refrigeração. Uma empresa de serviço público pode usar lavadores úmidos, queimadores com baixo índice de NOx ou gaseificação para reduzir suas emissões (veja O que é a tecnologia do carvão limpo?). E como o imposto de carbono estabelece um preço definido sobre o carbono, existe um retorno garantido sobre investimentos caros em eficiência.

O imposto sobre carbono também encoraja a energia alternativa tornando-a competitiva quanto ao custo em relação aos combustíveis mais baratos. Um imposto sobre um combustível abundante e barato como o carvão aumenta o seu preço por British Thermal Unit - Unidade Térmica Britânica (Btu) em relação a um comparável com formas de energia mais limpas. Um Btu é uma medida padrão de energia calórica usada na indústria. Um Btu é a energia necessária para aumentar a temperatura de uma libra de água em um grau Fahrenheit.

E não se esqueça de todo o dinheiro arrecadado pelo imposto. Ele pode ajudar a subsidiar programas ambientais ou pode ser emitido como desconto. Muitos fãs do imposto de carbono acreditam na transferência progressiva de imposto. Isso significa que parte da carga tributária seria transferida do imposto de renda federal e imposto de venda estadual.

Os economistas gostam do imposto de carbono devido à sua previsibilidade. O preço do carbono sob os
esquemas de limitar-e-negociar podem flutuar com as mudanças da economia e do clima. Isso porque os esquemas de limitação-e-negociação estabelecem um limite definido sobre as emissões, não um preço definido sobre o carbono.

O imposto de carbono é estável. Os negócios e serviços públicos saberiam o preço do carbono e onde ele custa mais. Então, eles poderiam investir em energia alternativa e na maior eficiência de energia com base nesse conhecimento. Também seria mais fácil para as pessoas entenderem o imposto de carbono.

O imposto de carbono parece bem simples, mas como, de fato, o índice seria determinado? Em que ponto o imposto seria arrecadado? Descobriremos as respostas a essas perguntas e mais na próxima seção.

Acidentes com Serpentes - Tratamento e prevenção


Existe uma Norma Regulamentadora Rural nº 4, aprovada através da Portaria n°- 3.06, de 12/4/1988, do Ministério do Trabalho, que obriga os proprietários rurais a fornecer gratuitamente aos empregados proteção para os pés, pernas, braços e mãos. Para evitar acidentes com serpentes:
  1. Use sempre botas de cano alto ou botinas com perneiras, bem como luvas de couro cobrindo mãos e braços. O uso de botas pode prevenir em torno de 80% dos possíveis acidentes com serpentes. O uso de sapatos, embora só previna 30% dos acidentes, ainda é melhor do que andar descalço.
  2. Não deixe lixo ou entulho acumulado perto das residências nas regiões rurais. O lixo atrai os roedores que são um dos principais alimentos das serpentes.
  3. Sempre que precisar mexer em folhas secas e outros restos de vegetação, buracos, frestas ou nichos em paredes, use luva. Locais escuros são freqüentemente habitados por cobras. Não deixe plantas como trepadeiras, muito perto das casas.
  4. Não deixe vãos ou frestas nas paredes das casas. Vede todos os possíveis locais por onde passaria uma cobra. Coloque proteção no vão debaixo das portas como, por exemplo, sacos de areia. Coloque telas nas janelas.
  5. Ao caminhar pela mata use sempre um pedaço de pau que pode ser útil em caso de encontro com uma serpente. A jaracaca e a cascavel costumam ficar escondidas nas folhagens. Antes de entrar em uma região mais escura da mata, espere a sua visão se adaptar a menor quantidade de luz.
  6. Nunca tente pegar uma serpente com as mãos. Lembre-se que, mesmo mortas as presas da serpente têm veneno e ele está ativo, ou seja, um acidente com as presas da serpente morta também exige cuidados médicos.
  7. Proteja os predadores naturais de serpentes, como emas, siriemas, gaviões, gambás e cangambás, e mantenha animais domésticos como galinhas e gansos próximos às habitações porque eles afastam as serpentes.
  8. Evite piqueniques perto de rios e barrancos. Evite atividades na mata nos período do nascer do sol e no crepúsculo, já que nesses períodos as cobras são mais ativas.

Tratamento

O tratamento do acidente ofídico começa com a lavagem do local com água e sabão. A vítima deve permanecer deitada em repouso até chegar ao local de tratamento. Quando a picada aconteceu em pernas ou braços, eles devem permanecer elevados. Não se deve garrotear, espremer, cortar ou queimar o local da picada. O garroteamento aumenta o risco de necrose tecidual com risco de amputações.

Não se deve dar nenhum tipo de remédio caseiro ou bebida alcoólica, prática comum em algumas regiões do Brasil. Não há limite de tempo para tratamento da picada de cobra. A vítima deve ser encaminhada ao local de tratamento o mais rápido possível. Quanto mais rápido a vítima da picada for atendida, menor o risco de complicações. Após seis a 12 horas de acidente sem a administração do soro, cresce o risco de complicações. Se for possível, leve o animal que causou o acidente, mas nunca se arrisque a matá-lo.

O soro antiveneno de cobra é o único tipo de tratamento disponível para o tratamento dos acidentes. Ele deve ser aplicado em serviço de saúde porque pode provocar reações alérgicas graves e choque anafilático. Isso acontece porque o soro é preparado em cavalos e pode haver uma reação grave quando ele for injetado no homem. Há soros específicos para os vários tipos de cobra, ou seja para cada gênero deve-se tomar o soro específico para o seu veneno.

A quantidade de soro a ser prescrita também depende da gravidade do quadro clínico que o paciente apresenta. Essa é mais uma razão para o uso do soro somente em serviços de saúde por pessoal experiente.

Os soros antipeçonhentos são produzidos no Brasil pelo Instituto Butantan (São Paulo), pela Fundação Ezequiel Dias (Minas Gerais) e pelo Instituto Vital Brazil (Rio de Janeiro). A produção desses centros é comprada pelo Ministério da Saúde que se encarrega de distribuir para todo o Brasil via Secretarias de Estado de Saúde.

Em São Paulo, a relação dos pontos estratégicos para o atendimento dos acidentes com animais peçonhentos está disponível no site: http://www.cve.saude.sp.gov.br/

O Hospital Vital Brasil, em São Paulo - capital, tem um sistema de plantão 24 horas para orientação e tratamento de acidentes com animais peçonhentos:

Hospital Vital Brasil - Assistência médica gratuita e orientação telefônica 24 horas.Instituto ButantanAv. Vital Brasil 1500, CEP 05503-900, São Paulo - SP0XX-11-3726-79620XX-11-3726-7222Email: hospital@butantan.gov.br

1 de abril de 2008

Identificação de perigos

Fonte: CETESB (São Paulo)
A identificação de perigos tem por objetivo identificar os possíveis eventos indesejáveis que podem levar à materialização de um perigo, para que possam ser definidas as hipóteses acidentais que poderão acarretar conseqüências significativas.

As técnicas disponíveis para a realização desta etapa são muitas e, dependendo do empreendimento a ser analisado e do detalhamento necessário, devem-se utilizar as metodologias mais adequadas para o caso em estudo. Dentre elas cabe mencionar:

- Lista de verificação (Ckecklist).
- Análise "E se..." (What if...?).
- Análise Preliminar de Perigos (APP).
- Análise de Modos de Falhas e Efeitos (AMFE).
- Estudo de Perigos e Operabilidade (HazOp-Hazard and Operability Study).

Destas as mais comumente utilizadas são:

Análise Preliminar de Perigos (APP)

A Análise Preliminar de Perigos (PHA - Preliminary Hazard Analysis) é uma técnica que teve origem no programa de segurança militar do Departamento de Defesa dos EUA. Trata-se de uma técnica estruturada que tem por objetivo identificar os perigos presentes numa instalação, que podem ser ocasionados por eventos indesejáveis.

Esta técnica pode ser utilizada em instalações na fase inicial de desenvolvimento, nas etapas de projeto ou mesmo em unidades já em operação, permitindo, nesse caso, a realização de um revisão dos aspectos de segurança existentes.A APP deve focalizar todos os eventos perigosos cujas falhas tenham origem na instalação em análise, contemplando tanto as falhas intrínsecas de equipamentos, de instrumentos e de materiais, como erros humanos.

Na APP devem ser identificados os perigos, as causas e os efeitos (conseqüências) e as categorias de severidade correspondentes (Tabela 1), bem como as observações e recomendações pertinentes aos perigos identificados, devendo os resultados serem apresentados em planilha padronizada.