31 de julho de 2008

Segurança é um bom negócio

O tema deste ano da Semana da North American Occupational Safety and Health (NAOSH) (Maio 4-10) foi “Segurança é um bom negócio” ("Safety is Good Business"). O tema chamou a atenção para diversos estudos e relatos que ilustram porque investir em saúde e segurança no local de trabalho pode melhorar a performance financeira da organização. Recentemente, por exemplo, a empresa de investimentos globais Goldman Sachs JBWere divulgou um “business case” mostrando que no período de novembro de 2004 a outubro de 2007, as companhias que não administraram corretamente a saúde e a segurança ocupacionais, tiveram pior desempenho financeiro. Os resultados sugerem que os investidores deveriam considerar as políticas e práticas de saúde e segurança ocupacionais como um fator, ao decidirem sobre em que deveriam investir. Um segundo exemplo pode ser encontrado no Liberty Mutual Workplace Safety Index, 2008. A divisão de seguros da companhia estimou que empregadores dos Estados Unidos em um ano pagaram cerca de US$ $48.3 bilhões de custos diretos para empregados com lesões e para os serviços de tratamento médico, ou seja, quase US$ 1 bilhão por semana. De fato, considerando todos os custos associados com doenças e lesões no local de trabalho, chega-se a um total de US$170 bilhões por ano para as empresas. Esta é uma despesa que poderia ser evitada e que atinge diretamente o bottom line. Fonte: Safety Is Good Business Foulke, Edwin Jr, 1 May 2008. Professional Safety, Volume 53; Issue 5; p. 56. Solicitar o texto completo à chave euak
Ver também:
·
Making the Business Case for Safety and Health – (OSHA 2008)
· Goldman Sacks JBWere finds evaluation links in workplace health and safety data (October 2007)
· 2007 Liberty Mutual Workplace Safety Index. Liberty Mutual Insurance Company, (2008),

30 de julho de 2008

26 de julho de 2008

Saúde e segurança do trabalho cada vez mais em pauta

Fonte: Site Panashop - Guia de Empresas do Paraná.

Os custos gerados por problemas relacionados à saúde dos funcionários estão fazendo com que os gestores de Recursos Humanos tratem como prioridade a prevenção de problemas bucais e doenças crônicas, como hipertensão e males respiratórios.

De acordo com pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com o Instituto de Pesquisas em Saúde da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC), um elevado número de empresas passou a adotar programas para prevenir doenças. O estudo analisou 30 multinacionais da Europa, Ásia e Américas e constatou que mais da metade delas tem alguma ação voltada para a saúde dos colaboradores.

Em Curitiba, a empresa Doria Construções Civis, além de promover a segurança no trabalho por meio de manuais internos, palestras e equipamentos de proteção, oferece em parceria com o Seconci, o serviço social do Sindicato das Indústrias da Construção Civil, assistência odontológica e médica a todos os funcionários. Os funcionários da construtora não precisam deixar o trabalho para receber tratamento dentário. Um consultório completo com dentistas, equipamentos e instrumentos necessários para extração de dentes, profilaxia e restaurações é instalado dentro de um trailer que se locomove por todas as obras da empresa. O serviço existe desde 1992 na construtora e beneficia cerca de 450 trabalhadores nas obras.

Além do tratamento odontológico, os funcionários da construtora passam por um exame pré-admissional completo e podem consultar os médicos do Seconci sempre que necessário. Especialistas nas áreas de cardiologia, ortopedia, urologia, oftalmologia, ginecologia, gastroenterologia e clínica geral estão à disposição dos trabalhadores, sendo que os exames e consultas são pagos pela empresa e o funcionário não tem despesa alguma. As avaliações e treinamentos pré-admissionais são realizados durante o contrato em períodos determinados de acordo com cada função, justamente para saber os riscos e problemas que os funcionários estão expostos. Para a presidente da Associação Paranaense de Medicina do Trabalho (APAMT), Keti Stylianos Patsis, as consultas preventivas são fundamentais. "Em Medicina dizemos que o melhor tratamento só pode começar com o diagnóstico correto. Portanto, diagnosticar os riscos de agravo à saúde do trabalhador é o primeiro passo para a ação", explica.

Além de garantir o bem-estar dos funcionários, a presidente da APAMT acredita que a preocupação com a saúde do trabalhador pode se tornar fundamental para a saúde financeira do empreendimento. "Várias empresas já entenderam que contribuir com a manutenção da saúde do trabalhador é um bom negócio do ponto de vista financeiro, pois evita despesas extras com indenizações e ajuda a manter uma boa imagem", finaliza.

25 de julho de 2008

Peça teatral será apresentada a trabalhadores do dique seco

Fonte: Jornal do Sul (Rio Grande do Sul)

A peça teatral "Só Depende de Nós" será novamente apresentada em Rio Grande. Será no próximo dia 4, às 16h, no auditório do Cidec–Sul da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). O espetáculo é oferecido pela Petrobras, em parceria com a WTorre Engenharia/Estaleiro Rio Grande, empresa responsável pelas obras de construção, no Superporto rio-grandino, do primeiro dique seco de grande porte do País, e a Furg, para toda a força de trabalho mobilizada no empreendimento.

O roteiro conta a história do Arnaldo, pai de família e funcionário exemplar que trabalha em uma empresa que não tem um sério comprometimento com a segurança do trabalho, colocando em risco a vida de muitos trabalhadores. Fazendo uma concorrência pelo menor preço, a empresa resolve adquirir equipamentos elétricos de um fabricante inescrupuloso, que os vende sem o devido Certificado de Conformidade. Com isso, a segurança do Arnaldo e a felicidade da sua família podem mudar completamente.

Além de conscientizar sobre a segurança no trabalho de maneira muito eficaz, através da linguagem cênica, a peça demonstra claramente como uma seqüência de eventos e atitudes inadequadas pode culminar em um grave acidente de trabalho. É uma dramatização idealizada especialmente para os trabalhadores, transmitindo uma mensagem sobre segurança que é válida para todas as áreas de trabalho tais como: utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), cuidados com as mãos, emprego de equipamentos elétricos, importância do certificado de conformidade de produtos e equipamentos, gestão de áreas classificadas e emissão permissão de trabalho, dentre outros.

Outro aspecto importante que é tratado na peça se refere à importância do ambiente familiar do trabalhador na prevenção de acidentes do trabalho e como ele pode ser afetado negativamente na ocorrência de um evento acidental indesejado. São 15 atores profissionais em cena, num cenário de três andares, com um argumento envolvente e dramático.

24 de julho de 2008

Sete mineiros mortos e 29 presos desde segunda-feira em mina inundada na China

PEQUIM (AFP) — Sete mineiros morreram depois da inundação do poço de entrada de uma mina de carvão, segunda-feira no sul da China, e outros 29 permaneciam presos no local, anunciou nesta quarta-feira o governo chinês.

No total, 21 mineiros da mina de Nadu foram salvos, indica o Serviço de Segurança no Trabalho em seu site. A mina fica localizada na província de Guangxi.

Cerca de 800 socorristas tentam bombear a água do poço e retirar os mineiros que continuam presos no local, segundo a Nova China.

Cerca de 3.800 pessoas morreram em 2007 nas minas chinesas, as mais perigosas do mundo, segundo o governo, mas as organizações independentes avaliam o número de mineiros mortos em quase 20.000 por ano.

22 de julho de 2008

Diante do horror do mundo, temos de ser felizes

ARNALDO JABOR

O Brasil está se defrontando com o absurdo de sua estrutura institucional. Esta explosão galáctica da crise entre polícia, política, Judiciário, empresariado, Estado e capital revela o tumor do absurdo nacional. Olho em volta e tenho de comentar o incompreensível, o indestrutível, o inexplicável, o inevitável, o incurável, o impossível. É desanimador.
Deprimo porque vivemos no Brasil uma dupla mensagem: tragédia nas notícias e gargalhadas nas revistas de celebridades. Dentro da paisagem tenebrosa, somos obrigados a ser felizes. Hoje em dia é proibido sofrer. Temos de "funcionar", temos de rir, de gozar, de ser belos, magros, chiques, tesudos, em suma, temos de ter "qualidade total", como os produtos.
Para isso, há o Prozac, o Viagra, os "uppers", os "downers", senão nos encostam como mercadorias depreciadas.No entanto, a depressão tem grande importância para a sabedoria; sem algum desencanto com a vida, sem um ceticismo crítico, ninguém chega a uma reflexão decente. O bobo alegre não filosofa, pois, mesmo para louvar a alegria, é preciso incluir o gosto da tragédia.
No pós-guerra, tivemos o existencialismo, o suicídio da literatura com gênios como Beckett e Camus ou o teatro do absurdo, o homem entre o sim e o não, entre a vida e o nada.A infelicidade de hoje é dissimulada na alegria obrigatória."A depressão não é comercial", lamentou um costureiro gay à beira do suicídio, mas que tinha de sorrir sempre, para não perder a freguesia. O bode pós-moderno vem da insatisfação de estar aquém de uma felicidade prometida pela propaganda e pelo mercado.
É impossível ser feliz como nos anúncios de margarina, é impossível ser sexy como nos comerciais de cerveja. Ninguém quer ser "sujeito", com limites, angústias; homens e mulheres querem ser mercadorias sedutoras, como BMWs, Ninjas Kawasaki. E aí, toma choque, toma pílula, toma tarja preta. Só nos resta essa felicidade vagabunda fetichizada em êxtases volúveis, famas de 15 minutos, "fast fucks", raves sem rumo.
O mercado nos satisfaz com rapidez sinistra: a voracidade, o tesão, o amor.E pensamos: "E se não houvesse mais desejo? Eu posso escolher o filme ou música que quiser, mas, nessa aparente liberdade, "quem" me pergunta o que eu quero?A interatividade é uma falsificação da liberdade, pois ignora meu direito de nada querer.
Eu não quero nada. Não quero comprar nada, não quero saber nada, quero ficar deprimido em paz.Estava neste ponto do artigo quando um Ananda Rubinstein, cientista política, me enviou um texto chamado "Elogio da melancolia", de Eric G. Wilson, da Universidade de Wake Forest. Veio a calhar. Com destreza acadêmica, ele aprofunda meus conceitos. Ele escreve: "Estamos aniquilando a melancolia. Inventaram a ciência da felicidade.
Livros de auto-ajuda, pílulas da alegria, tudo cria um ‘admirável mundo novo’ sem bodes, felicidade sem penas. Isto é perigoso, pois anula uma parte essencial da vida: a tristeza." Ele continua: "Não sou contra a alegria em geral, claro... Nem romantizo a depressão clínica, que exige tratamento. Mas sinto que somos inebriados pela moda americana de felicidade.Podemos crer que estamos levando ótimas vidas simpáticas e livres quando nos comportamos artificialmente como robôs, caindo no conto dos desgastados comportamentos ‘felizes’, nas convenções do contentamento.
Enganados, perdemos o espantoso mistério do cosmo, sua treva luminosa, sua terrível beleza. O sonho americano de felicidade pode ser um pesadelo. O poeta John Keats morreu tuberculoso, em meio a brutais tragédias, mas nunca denunciou a vida. Transformou sua desgraça em uma fonte vital de beleza.
As coisas são belas porque morrem - ele clamava. A rosa de porcelana não é tão bela como aquela que desmaia e fenece. A melancolia, a consciência do tempo finito é o lugar de onde se contempla a beleza. Há uma conexão entre tristeza, beleza e morte.Só o melancólico cria a arte e pode celebrar a experiência do transitório resplendor da vida.
A melancolia, longe de ser uma doença, é quase um convite milagroso para transcender o ‘status quo’ banal e imaginar inéditas possibilidades de existência. Sem a melancolia, a terra congelaria num estado fixo, previsível como metal. Deste modo, o mundo se torna desinteressante e morre. Todo mundo ficaria contente com o que lhe é dado (que, alias, é o sonho do mercado - a satisfação completa do freguês).
Mas quando a gente permite que a melancolia floresça no coração, o universo, antes inanimado, ganha vida, subitamente. Regras finitas dissolvem-se diante de infinitas possibilidades.A felicidade torna-se pouco - passamos a querer algo mais: a alegria (‘joy’). Mas, por que não aceitamos isso e continuamos a desejar o inferno da satisfação total, a felicidade plena? A resposta é simples: por medo.
A maioria se esconde atrás de sorrisos tensos porque tem medo de encarar a complexidade do mundo, seu mistério impreciso, suas terríveis belezas. Para fugir desta contemplação atemorizante, nos perdemos em distrações vãs e em um bom humor programado. Somos de uma natureza incompleta, somos de vagas potencialidades, e isto faz da vida uma luta constante em face do desconhecido.
Usamos uma máscara falsa, sorridente, um disfarce para nos proteger do abismo. Mas, este abismo é também nossa salvação.Ser contra a felicidade é abraçar o êxtase.A aceitação do incompleto é um chamado à vida. A fragmentação é liberdade. É isso aí. A felicidade tem um pouco de tristeza.

16 de julho de 2008

Análise de Riscos: WHAT-IF (WI)

Fonte: UFSC

O procedimento What-If é uma técnica de análise geral, qualitativa, cuja aplicação é bastante simples e útil para uma abordagem em primeira instância na detecção exaustiva de riscos, tanto na fase de processo, projeto ou pré-operacional, não sendo sua utilização unicamente limitada às empresas de processo.

A finalidade do What-If é testar possíveis omissões em projetos, procedimentos e normas e ainda aferir comportamento, capacitação pessoal e etc. nos ambientes de trabalho, com o objetivo de proceder a identificação e tratamento de riscos.

A técnica se desenvolve através de reuniões de questionamento entre duas equipes. Os questionamentos englobam procedimentos, instalações, processo da situação analisada. A equipe questionadora é a conhecedora e familiarizada com o sistema a ser analisado, devendo a mesma formular uma série de quesitos com antecedência, com a simples finalidade de guia para a discussão. Para a aplicação o What-If utiliza-se de uma sistemática técnico-administrativa que inclui princípios de dinâmica de grupo, devendo ser utilizado periodicamente. A utilização periódica do procedimento é o que garante o bom resultado do mesmo no que se refere à revisão de riscos do processo.

Da aplicação do What-If resultam uma revisão de um largo espectro de riscos, bem como a geração de possíveis soluções para os problemas levantados, além disso, estabelece um consenso entre as áreas de atuação como produção, processo e segurança quanto à forma mais segura de operacionalizar a planta. O relatório do procedimento fornece também um material de fácil entendimento que serve como fonte de treinamento e base para revisões futuras.

Segundo DE CICCO e FANTAZZINI (1994b), nas culturas empresarias mais eficientes no controle de riscos, os procedimentos dos departamentos técnicos e as equipes de análise produzem revisões rápida e eficientemente. Os mesmos autores sugerem, ainda, alguns passos básicos quando da sua aplicação:

a) Formação do comitê de revisão: montagens das equipes e seus integrantes;

b) Planejamento prévio: planejamento das atividades e pontos a serem abordados na aplicação da técnica;

c) Reunião Organizacional: com a finalidade de discutir procedimentos, programação de novas reuniões, definição de metas para as tarefas e informação aos integrantes sobre o funcionamento do sistema sob análise;

d) Reunião de revisão de processo: para os integrantes ainda não familiarizados com o sistema em estudo;

e) Reunião de formulação de questões: formulação de questões "O QUE - SE...", começando do início do processo e continuando ao longo do mesmo, passo a passo, até o produto acabado colocado na planta do cliente;

f) Reunião de respostas às questões (formulação consensual): em sequência à reunião de formulação das questões, cabe a responsabilidade individual para o desenvolvimento de respostas escritas às questões. As respostas serão analisadas durante a reunião de resposta às questões, sendo cada resposta categorizada como: - resposta aceita pelo grupo tal como submetida; - resposta aceita após discussão e/ou modificação; - aceitação postergada, em dependência de investigação adicional. O consenso grupal é o ponta chave desta etapa, onde a análise de riscos tende a se fortalecer;

g) Relatório de revisão dos riscos do processo: o objetivo é documentar os riscos identificados na revisão, bem como registrar as ações recomendadas para eliminação ou controle dos mesmos.

10 de julho de 2008

Parar de fumar incentiva outros a pararem.

Fonte: www.folha.uol.com.br (equilíbrio)
FLÁVIA MANTOVANI - DA REPORTAGEM LOCAL
Pesquisadores da Universidade Harvard, que acompanharam mais de 12 mil pessoas por 32 anos, viram que os fumantes abandonam o cigarro em grupos

As irmãs Cristiene, Luciene e Josiene, que decidiram parar de fumar depois que a mãe, Lindaci Soares, abandonou o cigarro
Costuma começar cedo. Para parecer mais velho, fazer tipo ou agradar aos amigos, o adolescente dribla aquele gosto de cinzeiro e disfarça os acessos de tosse até que ganha intimidade com o cigarro e passa a se sentir parte da turma. Com o tempo, a nicotina age, a dependência se instala e ele pode nem se lembrar de como tudo começou. Mas uma volta ao passado provavelmente vai mostrar que as primeiras tragadas foram dadas por influência alheia.Pois um novo estudo mostra que o mesmo raciocínio vale para parar de fumar: quando alguém abandona o vício, acaba contagiando outros fumantes em volta a largarem o cigarro.
Publicado no "New England Journal of Medicine", o levantamento acompanhou, por 32 anos, 12.067 pessoas, que tinham vínculos -familiares, profissionais ou de amizade. Os pesquisadores, das universidades Harvard e da Califórnia, constataram que as pessoas abandonam o vício em grupos.
Os laços mais fortes detectados foram os de marido e mulher: no caso de cônjuges, o fato de um deles parar diminui em 67% a chance de o outro continuar fumando. Entre dois amigos, a redução é de 43%. Entre irmãos, a influência é menor: 25%. Já entre colegas de trabalho, o que o estudo mostrou é que depende do tamanho da empresa: nas pequenas, o fato de um funcionário parar reduz em 34% a chance de o outro continuar fumando.
Nas maiores, não houve essa associação."O trabalho mostra que as decisões de parar de fumar não são tomadas só por indivíduos, mas por grupos inteiros", disse à Folha Nicholas Christakis, um dos autores do estudo.Segundo o pesquisador, a influência se dá de forma direta e indireta, entre pessoas que se conhecem e não se conhecem. No primeiro caso, é fácil perceber como isso acontece: uma pessoa pára de fumar e outro fumante próximo a ela se sente inspirado a parar também.
"Chamamos de fenômeno da segunda onda. Quando a gente joga uma pedra na água, gera várias ondas e acerta uma superfície muito maior. Da mesma forma, quando se cria um ex-fumante, os outros percebem que ele conquistou algo novo e se estimulam a seguir o mesmo caminho", compara o pneumologista Sérgio Ricardo Santos, coordenador do PrevFumo (Núcleo de Apoio à Prevenção e Cessação do Tabagismo), da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Segundo Santos, quanto mais próximo for o ex-fumante, maior costuma ser essa influência. "Dentro do núcleo familiar, é altíssima. Os pais estimulam muito os filhos e vice-versa. A relação entre marido e mulher é a mais forte", diz.A auxiliar administrativa Priscila Bezerra, 24, e o gerente de contas Gustavo Sachi, 27, ainda são namorados, mas o exemplo dele foi decisivo para que ela abandonasse o cigarro. Quando eles se conheceram, os dois fumavam.
Há dois anos, Gustavo decidiu parar "de um dia para o outro". "Não traz benefício nenhum. O cheiro é ruim, você gasta dinheiro e faz mal para a saúde", justifica.Depois que ele conseguiu, Priscila conta que o namorado, sutilmente, mandava recados. "Ele não chegou a falar para eu parar, mas me ajudou a cortar. Passou a reclamar do cheiro, do gosto, de quando eu ia comprar cigarro.
Eu não podia mais fumar no carro dele. Tomei aversão ao cheiro e parei", diz ela.Hoje, os dois comemoram. "Sinto mais o cheiro e o gosto da comida, meu condicionamento para os esportes aumentou", diz Gustavo. Segundo Priscila, além de ser bom para ela, parar ajudou no relacionamento.
"Melhorou a sintonia entre nós dois."Sociedade não-fumanteA pesquisa também mostrou o impacto indireto que uma pessoa que pára de fumar exerce sobre o grupo social de fumantes, mesmo que esses indivíduos não se conheçam. É como um efeito dominó: quanto mais gente abandona o vício, mais a sociedade vai se tornando hostil ao tabagismo, e isso desfavorece o hábito de fumar.
Para Tânia Cavalcante, chefe da divisão de controle de tabagismo do Inca (Instituto Nacional de Câncer), o tabagismo é uma doença "transmissível socialmente". "Numa sociedade em que todos fumam, a tendência é que esse comportamento cresça, ainda mais sendo uma dependência. O mesmo vale para o inverso."Segundo Sérgio Santos, o estudo de Harvard é o maior já feito e introduz um conceito novo: o da contagiosidade de parar de fumar. "Com a maior educação sobre o risco de fumar, diminui o número de fumantes, e cria-se um ambiente favorável a parar. É uma tendência em vários países. O fumante se sente acuado."Ao analisarem as relações nos círculos familiares e de amizades, os pesquisadores detectaram essa marginalização do fumante.
O estudo mostra que, de 1971, início do levantamento, até 2000, último ano avaliado, eles foram se tornando mais periféricos nas redes sociais.Para o pneumologista pediátrico João Paulo Lotufo, responsável pelo Projeto Antitabágico do Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo), a aprovação de leis antifumo em ambientes fechados em vários países contribui para desencorajar o tabagismo.
"Mudou o enfoque por causa do tabagismo passivo. Se eu não fumo, estar perto de um fumante é ruim para mim. Não-fumantes que moram com fumantes têm 25% a mais de chance de terem infarto e câncer de pulmão", exemplifica.A secretária Lindaci Maria Soares, 48, conta que esse foi um dos motivos pelos quais ela resolveu parar, após quase 40 anos fumando. "Mesmo quem fumava há muitos anos está parando. Quase não há ambiente para o fumante. Só se pode ir a áreas abertas e, mesmo assim, as pessoas reclamam."Outro fator que pesou muito foi ter descoberto uma bronquite crônica.
Ela diz que adorava fumar e que era uma "referência" para os outros fumantes. Inclusive para as três filhas, Josiene, 21, Luciene, 26, e Cristiene, 27, que fumam desde a adolescência. "Elas me vêem como exemplo até nesse vício horroroso. Se eu não parar, elas não param", diz. A mãe de Lindaci também fumava.Agora que ela decidiu parar, as três filhas também se animaram.
A do meio, Luciene Soares Luiz, fumante desde os 12, acompanha a mãe ao programa especializado que ela freqüenta. "Só fui [ao programa] porque ela estava indo. Perdi minha avó para o cigarro e fiquei assustada quando vi que minha mãe está doente", conta.TratamentoPara Jônatas Reichert, presidente da comissão de tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia, outro fator que contribui para que parar de fumar se torne contagioso é o avanço nos tratamentos.
"Antes, as pessoas não passavam muito a experiência para as outras porque, ao tentarem e falharem, sentiam-se impotentes. Hoje, com mais possibilidades de tratamento, aumentou o índice de sucesso e elas têm mais contato com casos bem-sucedidos", diz.Segundo Reichert, apenas 5% das pessoas conseguem abandonar o vício sozinhas. Ao sentir falta de ar e outros efeitos de 35 anos de dependência do cigarro, a consultora de treinamento Leila Cinelli Silveira, 56, decidiu procurar auxílio.
Recebeu a indicação de adesivos de reposição de nicotina. Inspiradas no seu exemplo, a filha, a cunhada e a irmã também resolveram parar. "Até senti uma responsabilidade maior para não ter recaídas, pois sei que tenho três pessoas atrás de mim. Foi um incentivo", diz.Entre as estratégias inventadas por ela para driblar a abstinência, estava um "kit de sobrevivência" com cenouras, pepinos e ervas-doces cortados no tamanho de cigarros. Ela também guardou os R$ 3 diários que economizava deixando de comprar cigarros. "No fim do mês, comprei uma calça para me recompensar."Leila diz que se sente vitoriosa.
"O fôlego é outro, a diferença na voz é incrível, a pele muda, os dentes ficam brancos, lisinhos. Achava que nunca iria conseguir, mas estou muito alegre comigo."

9 de julho de 2008

Segurança no Trabalho: uma questão de Responsabilidade Social

Fonte: www.bvnews.com.br (cotidiano)

Uma das causas dos acidentes e doenças ocupacionais é a falta de conhecimento dos riscos existentes no ambiente das empresas. A solução é o investimento em Programas de Saúde e Segurança no Trabalho (SST). Esse é considerado o melhor caminho para reduzir os registros de acidentes.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 270 milhões de trabalhadores sofrem anualmente lesões graves ou mortais ocasionados por acidentes de trabalho em todo o mundo. São registradas cinco mil mortes por dia, três vidas perdidas a cada minuto. Os índices representam um custo equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.


Dados da Previdência Social revelam que 503.890 pessoas em todo o Brasil sofrem a cada ano, lesões graves ou mortais, ocasionadas por acidentes de trabalho. No ano de 2007 foram registrados no INSS/RR 260 requerimentos de auxilio doença, por acidente de trabalho e até o final do mês de maio desse ano, o número de registros foi de 92.

O SESI/RR conta, desde o ano passado, com um Núcleo de Saúde e Segurança no Trabalho (NSST) para atender as empresas industriais que são comprometidas com a segurança de seus colaboradores.


Por meio de assessorias são realizadas a Elaboração e Execução de Programas exigidos por lei, como o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que tem o objetivo de fornecer subsídios para adoção de medidas que eliminem ou controlem os riscos para garantir a integridade física e a saúde do trabalhador, atendimento à legislação vigente e melhoria efetiva para a preservação do meio ambiente.


O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) tem o objetivo de promover e preservar a saúde dos trabalhadores através de medidas preventivas, diagnosticando precocemente os agravos à saúde relacionados ao trabalho. A elaboração e implementação do PCMSO é obrigação de todas as pessoas físicas ou jurídicas ao admitirem trabalhadores como empregados, regidos pela CLT. Ele envolve entre outros procedimentos, a realização de exames admissionais, demissionais, de retorno ao trabalho, mudança de função e periódicos.


Um outro Programa é o de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil (PCMAT), que estabelece condições e diretrizes de Segurança no Trabalho para a construção civil visando reduzir acidentes e prevenir a ocorrência de doenças do trabalho.


Todas as empresas de construção civil devem elaborar e cumprir o PCMAT nos estabelecimentos quando tiverem mais de vinte trabalhadores.

Além destes programas, o Núcleo do SESI realiza palestras educativas sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis mais comuns e AIDS, e atende atualmente mais de 20 empresas industriais em Roraima.


Por Lei, todas as empresas em qualquer atividade são obrigadas a implantar os Programas de Saúde e Segurança no Trabalho, independente do número de funcionários.


Para a coordenadora de Saúde do SESI/RR, Esmerinda Luniere, hoje a Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho não é só mais uma obrigação a ser cumprida. “A maioria de nossos empresários já assimilaram que as ações são imprescindíveis nas empresas e contribuem para um ambiente de trabalho mais saudável e seguro”, afirmou.

Invenção barateia reciclagem de resíduos da construção civil

Fonte: Canal Executivo.
Um novo método para aproveitamento dos resíduos de construção civil e demolição (RCD), 50% mais barato e com consumo de energia 80% menor. Esse é o principal resultado de um estudo realizado por pesquisadores da Escola Politécnica da USP (Poli/USP), do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O novo método dispensa a britagem do material a ser reciclado, o que barateia o processo e torna viável a instalação de pequenas usinas de reaproveitamento dos RCD. O método é tão inovador, que está sendo patenteado.
Segundo o professor Vanderley John, do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli, um dos integrantes da equipe que realizou o estudo, a tecnologia desenvolvida possibilita que usinas de reciclagem simplifiquem a produção de matéria-prima para bases e sub-bases de pavimentação a partir de resíduos da construção civil.
“Atualmente, a reciclagem de RCD passa necessariamente pela britagem (quebra dos resíduos em pedaços pequenos, com no máximo 63 milímetros de diâmetro)”, explica. “Isso encarece o processo, pois o britador representa mais da metade do investimento total da montagem de uma usina de reciclagem. O novo método reduz os investimentos iniciais e simplifica a operação das centrais de reciclagem, o que torna viável um maior número de centrais de reciclagem públicas ou privadas.”
A nova tecnologia está baseada nos resultados de uma pesquisa com amostras representativas de resíduos coletados em três cidades: Macaé (RJ), Maceió (AL) e São Paulo (SP). “Coletamos 20 toneladas de resíduos dessas três cidades”, explica John. “E constatamos que cerca da metade dos resíduos tinha tamanho inferior a 63 milímetros; ou seja, poderiam ser aplicados diretamente na composição de pavimentos, sem necessidade da britagem”, acrescenta.
Esta constatação levou a equipe a propor uma forma extremamente simples de transformar resíduos em agregados: separação manual do material indesejável ao processo, seguido de peneiramento na bitola de 60 mm e de uma nova remoção manual dos contaminantes (madeira, papel, cerâmica), remanescentes da fração abaixo de 63 mm, que será comercializada como agregado de pavimentação.
Segundo John, o novo método poderá ser aplicado em ambientes urbanos e adotado por prefeituras, cooperativas ou empreendimentos privados. “A redução dos investimentos iniciais, dos custos e da complexidade de operação facilita a introdução da reciclagem, inclusive porque reduz os riscos. Assim, esperamos que essa tecnologia possibilite a ampliação do número de usinas e a margem de lucro desse novo negócio”, ressalta. Em conseqüência, evita-se a deposição ilegal desses resíduos nas margens de ruas e rios, reduzindo os impactos ambientais, além de minimizar os gastos das prefeituras com a gestão deles.
A nova tecnologia tem várias outras vantagens, a exemplo da redução do consumo de energia elétrica (60% a 80%) em relação ao sistema de reciclagem tradicional com britagem. “O novo método também torna possível a implantação das usinas nas proximidades do mercado consumidor, o que significa menores distâncias de transporte, que corresponde a dois terços do preço final do produto”, diz. Outra vantagem é que o sistema reduz de forma significativa a emissão de material particulado e principalmente de ruídos na operação de britagem. Assim, alternativas de desenvolvimento sustentável são incentivadas.
Além do professor Vanderley John, entre os pesquisadores da Poli também participaram da pesquisa o professor Artur Pinto Chaves e a pesquisadora Carina Ulsen, ambos do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo, e os pesquisadores Francisco Mariano Sérgio Ângulo (atualmente no IPT).
Serviço:
A nova tecnologia de reciclagem de RCD será apresentada no próximo dia 28 de abril, durante a Conferência sobre Resíduos de Construção e Demolição (RCD) como Material de Construção, que será realizada em São Paulo, no auditório “Prof. Francisco Romeu Landi”, do prédio da Administração da Poli (Avenida Prof. Luciano Gualberto, travessa 3, nº 380, Cidade Universitária, São Paulo). Mais informações sobre o evento: http://rcd08.pcc.usp.br/.

8 de julho de 2008

G8 concorda em reduzir emissões de CO2 pela metade em 2050

Fonte: Folha Online

O G8 (grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia) reconheceu a necessidade de reduzir em 50% as emissões de CO2 na atmosfera no ano 2050, uma medida para combater a mudança climática. A decisão foi anunciada pelo primeiro-ministro japonês, Yasuo Fukuda, cujo país sedia a reunião anual do grupo.

Os líderes dos países mais ricos do mundo, que têm posições diferentes sobre a luta contra o aquecimento global, pediram também a cooperação dos maiores emissores de CO2 --entre eles EUA, China e Índia-- para chegar a essa meta.

G8 concordou em reduzir emissões de CO2, medida que sempre foi rejeitada pelos EUA; agora, país vê "avanço significativo" no acordo

As conversas --realizadas entre os representantes de Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá, Japão e Rússia-- sobre o meio ambiente foram consideradas "excelentes" e levaram a um "avanço significativo", afirmou um porta-voz do governo dos Estados Unidos.

Os líderes pediram que as economias emergentes "considerarem seriamente" a redução em 50% da emissão dos gases poluentes para 2050, e ressaltam que o êxito "só será possível com a determinação comum de todas as principais economias", disse o americano.

A mudança climática é um dos principais assuntos da reunião anual mantida pelos líderes dos países mais ricos do mundo, em Hokkaido (Japão). O aquecimento é discutido em meio à estagnação da economia mundial, à crescente pressão inflacionária, à alta do preço do petróleo e à crise alimentícia.

Acordo

Nesta segunda-feira, os EUA declararam que qualquer pacto deveria incluir as grandes economias emergentes, como China e Índia.

Em coletiva de imprensa, o presidente do Conselho para a Qualidade do Meio Ambiente (CEQ, em inglês) da Casa Branca, James Connaughton, disse já ter indicado que seu país poderia adotar "a meta de 50% até 2050".

"Cremos que conseguimos bons progressos, e por isso esperamos que a declaração os reflita", disse Connaughton, que afirmou ser necessário, entre outras coisas, estabelecer um sistema comum para medir os cortes de emissões.

A Comissão Européia pediu ontem aos líderes do G8 para que se comprometessem a antecipar as metas de reduções das emissões de gases causadores do efeito estufa.

O presidente da comissão, José Manuel Barroso, se mostrou confiante em que os países do G8 concordassem em estabelecer suas próprias metas no médio prazo. "Se conseguirmos um compromisso no longo prazo para reduzir em 50% as emissões de gases até 2050, e um princípio de acordo sobre a redução no médio prazo, poderemos falar de êxito", disse.

Sem sucesso

No último encontro do G8, realizado há um ano em Heiligendamm (Alemanha), os líderes não chegaram a um acordo sobre um objetivo de longo prazo para a redução dos gases que causam o efeito estufa.

O máximo que conseguiram foi a promessa de que estudariam "seriamente" as decisões já tomadas por União Européia (UE), Canadá e Japão, "que incluem a redução pela metade das emissões de CO2 na atmosfera para 2050".

"Vamos trabalhar para alcançar compromissos reais nesta Cúpula do G8, não só a fim de reforçar as metas alcançadas no ano passado, mas também visando a um compromisso a médio prazo", apontou Barroso.

A UE, que concordou com a redução das emissões de gases em pelo menos 20% em relação aos níveis de 1990, quer um compromisso similar dos países que mais poluem --entre eles os Estados Unidos, país que não assinou o Protocolo de Kyoto.
Barroso, no entanto, admitiu que seria improvável a aprovação de um acordo "numérico" sobre prazos de redução de gases a médio prazo.

Biocombustíveis

Ontem, no primeiro dia de cúpula, a atual crise dos alimentos, com o crescimento da demanda e dos preços, dominou a pauta, e os biocombustíveis foram novamente tratados como peça-chave da crise --mas com ressalvas para o produto feito à base de cana.

Lula desembarca no Japão para participar do encontro do G8; brasileiro defenderá o álcool
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou nesta terça-feira ao Japão para participar da cúpula. No encontro, Lula defenderá o álcool brasileiro e pedirá aos países industrializados que assumam mais responsabilidades diante do aquecimento do planeta.

"O Brasil não aceitará este argumento de que o álcool provoca a inflação dos alimentos. Estou indo ao Japão, à reunião do G8, apenas para isto", afirmou Lula no Brasil, antes de partir.
André Amado, embaixador do Brasil no Japão, destacou que "os biocombustíveis são decisivos no combate ao aquecimento global (...). Tudo isto, como demonstra a experiência brasileira, sem colocar em risco a área agrícola reservada à produção de alimentos ou a floresta tropical".

Em uma carta divulgada nesta terça, as principais associações de produtores de álcool combustível de Brasil, Canadá, Estados Unidos e Europa exigiram dos chefes de Estado e de governo do G8 que considerem os biocombustíveis como parte da solução para a "dependência mundial do petróleo".

Os produtores pediram a adoção de uma "postura de longo prazo em relação aos biocombustíveis para reduzir a demanda e a acentuada alta dos preços dos derivados de petróleo", informou a União Industrial de Cana-de-Açúcar do Brasil (Unica).

Alimentos e petróleo

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse na segunda-feira que o G8 analisará a meta de que "nenhum alimento seja substituído por biocombustíveis". "O objetivo é trabalhar em uma segunda geração de biocombustíveis, e isto deve refletir no documento" final da Cúpula.

Manifestantes realizam protesto com balões de gás representando as emissões de CO2
Um estudo divulgado pelo Banco Mundial na semana passada diz que, nos últimos três anos, cinco milhões de hectares de terras aráveis que poderiam ter sido usados para plantação de trigo foram destinadas à produção de colza e girassol para biocombustíveis.

Hoje o grupo voltou a expressar sua preocupação com o alto preço dos alimentos, e com as conseqüentes pressões inflacionárias que representam "um sério desafio" para a economia mundial.

Além disso, a reunião destacou o temor com a alta do petróleo. Os países se disseram dispostos a aumentar seus "esforços" para combater a escalada do barril de petróleo, que chegou a ser negociado a um preço recorde de US$ 145, segundo um porta-voz da Presidência japonesa.

Indicaram que essa situação, unida aos altos preços dos alimentos e das matérias-primas, representam um "sério risco" para o crescimento mundial, mas precisaram que "não são pessimistas" sobre a situação econômica.

7 de julho de 2008

Trabalhar fora x comer bem

Por Cesar Candido dos Santos (site UOL Saúde)
Como obter uma alimentação balanceada durante a jornada de trabalho, incluindo almoço, lanches e cafezinhos.
Devido à rotina do trabalho, são raras as pessoas que têm o privilégio de fazer suas refeições em casa. Mas comer fora não pode ser uma desculpa ou empecilho para manter a alimentação equilibrada e o corpo saudável. Por isso, é importante tomar alguns cuidados e não cometer exageros. Só assim, o almoço no restaurante, o sanduíche na lanchonete ou a comida pedida pelo telefone não começam a acarretar aumento de peso ou do colesterol e traga, ainda, outras complicações para a saúde.
“Depende muito de cada um, mas é possível comer bem fora de casa. Na rua, existem as opções saudáveis e as besteiras, basta a pessoa se policiar e saber o que é certo e o que é errado”, afirmou Luiz Ricardo, nutricionista do Nutrição Fácil. A escolha do localO primeiro requisito para comer bem é a escolha do restaurante.
Procure os locais com perfeitas condições de higiene e evite estabelecimentos “desertos”, pois o constante movimento de clientes sugere que exista uma rotação adequada dos alimentos e comidas sempre frescas. Caso o restaurante não inspire muita confiança e não haja alternativa, evite pratos que apresentem perigo de provocar intoxicação, como os que contêm ovos, maionese e cremes, as carnes mal passadas, os crustáceos (camarão, siri) e as saladas cruas.Monte seu pratoNos restaurantes self-service ou por quilo, a variedade de alimentos oferecidos é imensa.
Por isso, é preciso tomar cuidado na hora de montar o prato. Procure ver todas as opções antes, e evite pegar um pouquinho de cada coisa para não exagerar na quantidade de comida. Escolha sempre um alimento de cada grupo. Uma porção de salada, de legumes, de cereais e de proteína. Tome cuidado para não misturar fontes do mesmo nutriente. Por exemplo: dois carboidratos (massa e arroz) ou duas proteínas (frango e carne vermelha).
Lembre-se sempre que os legumes e verduras são as opções mais saudáveis, ao contrário dos molhos muito incrementados ou cremes, pois costumam ser altamente calóricos.“É preciso tomar cuidado com os restaurantes por quilo, pois eles possuem muitas opções saudáveis, mas também têm muitos alimentos gordurosos, frituras.
Eles precisam agradar a todos os gostos, e as pessoas é que devem distinguir o que é o certo e o que é o errado para se comer com freqüência”, alertou Mônica Rangel, nutricionista graduada pela Universidade de São Paulo (USP).
“Às vezes, é difícil se controlar no meio de tantas opções gostosas. Tem dia que não dá para evitar e acabo pegando um monte de coisa, o prato fica pesado. Mas, na maioria das vezes, escolho sempre o que é mais saudável”, disse Renata Siqueira, 39 anos, comerciante. Nos restaurantes à la carte ou nos que servem o tradicional “PF”, opte pelas carnes grelhadas, e procure adaptar os pratos para que eles se tornem menos calóricos e gordurosos. Troque as batatas fritas pelas cozidas ou o purê, e a salada de maionese pela de tomate e folhas.Não consuma alimentos excessivamente gordurosos na mesma refeição, pois as gorduras demoram mais para serem digeridas, e isso pode provocar sonolência e atrapalhar o rendimento no trabalho.
Sempre que for beber algo para acompanhar as refeições, prefira os sucos naturais e evite exceder um copo para não prejudicar a digestão dos alimentos. LanchesNão é recomendado substituir as refeições por lanches, pois estes além de serem calóricos nem sempre conseguem suprir as necessidades nutricionais do nosso organismo. Mas como ninguém é de ferro, eles podem ser consumidos uma ou duas vezes por semana, desde que os ingredientes não sejam tão ricos em gordura. Por isso, evite os que possuem bacon, salame, presunto, maionese, queijos amarelos, catupiry e molhos cremosos.
“Na semana, o ideal é comer direito, comer comida. Os lanches podem ficar para os finais de semana, de preferência a cada 15 dias. Não é preciso se privar deste tipo de alimento. Basta apenas saber se controlar, pois o consumo deles não pode virar um hábito”, orientou Luiz Ricardo. Coma durante o expediente.
O ideal é nunca ficar durante um longo período sem ingerir alimentos. O mais aconselhável é fazer pequenas “pausas” durante o trabalho para comer algo. Faça lanches com frutas frescas ou secas, pão integral com queijo branco, iogurte light com fruta ou cereal, biscoitos integrais ou barras de cereais, e nunca esqueça de tomar cuidado com a quantidade de açúcar no tradicional cafezinho ou nos chás. “Para comer bem fora de casa é preciso ter um pouco de dedicação, levar para o trabalho frutas, lanches ou castanhas.
Não é bom ficar mais de quatro horas sem comer, mas também é preciso evitar o pão de queijo e o croissant da padaria da esquina”, completou Mônica.

3 de julho de 2008

02 de Julho: Dia do Bombeiro Brasileiro

Fonte: MTEBrasília/DF

Em 2 de julho de 1856, Dom Pedro II assinou Decreto Imperial que regulamentava pela primeira vez a profissão de bombeiro no país. Nesta data, foi instalado o primeiro serviço organizado de bombeiros na capital do Império, criado a partir do modelo francês, instalado por Napoleão Bonaparte em 1811.

Antes disso, a importante missão de acabar com incêndios no Brasil se dava por iniciativa de toda a população. Um sino de alerta tocava e homens, mulheres e crianças - sem nenhum tipo de treinamento - ficavam em fila ao lado de poços de água e, com baldes nas mãos, tentavam chegar ao local que ardia em chamas. Já no tempo da República, em 1954, decreto presidencial confirmou o 2 de Julho como sendo a data dedicada à homenagear os bombeiros.A preocupação em combater o fogo é antiga na história do homem.

Já no século XVII a.C., o Imperador Hamurabi incluiu em seu famoso código as primeiras normas de prevenção contra incêndio.De lá para cá, muito evoluiu a profissão e as exigências em relação ao bombeiro brasileiro. De acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), estatística do Ministério do Trabalho e Emprego, havia 13.273 bombeiros no país (categorias bombeiro de aérodromo, bombeiro de segurança e salva-vida).

Destes, 12.784 (ou 96%) são do sexo masculino. A renda média mensal estava em R$ 1.004,54 naquele ano, contra R$ 939,77 em 2003. Todos os anos, os estabelecimentos do país fornecem os dados da Rais aos MTE, e 2006 é a estatística mais recente que o Ministério possui.

Atribuições

De acordo com Classificação Brasileira de Ocupações, é função dos bombeiros previnir situações de risco e executar salvamentos terrestres, aquáticos e em altura, protegendo pessoas e patrimônios de incêndios, explosões, vazamentos, afogamentos ou qualquer outra situação de emergência, com o objetivo de salvar e resgatar vidas; prestar primeiros socorros, verificando o estado da vítima para realizar o procedimento adequado; realizar cursos e campanhas educativas, formando e treinando equipes, brigadas e corpo voluntário de emergência.

Formação e experiência

Requer-se do bombeiro de segurança do trabalho e do salva-vidas o ensino fundamental completo, e do bombeiro aeródromo, o ensino médio completo. Exige-se curso básico de qualificação de 200 a 400 horas-aula para todos. Os salva-vidas civis, que atuam na orla marítima, costumam receber treinamento dado por Salva-vidas da Polícia Militar.

Competências pessoais

Acalmar vítima; especializar-se profissionalmente; utilizar técnicas de salvamento e combate a incêndios; elaborar estatísticas; apoiar instituições de combate a incêndio; trabalhar em equipe; zelar pelo meio ambiente; proteger patrimônio; requalificar-se profissionalmente; demonstrar prontidão; manter controle emocional; relacionar-se com a comunidade; demonstrar solidariedade e humanidade; trabalhar com ética; operacionalizar viaturas e embarcações; nadar com destreza; demonstrar resistência a fadiga; revelar coragem e inspirar confiança.