30 de junho de 2009

Segurança no lar - dicas para prevenção.

Fonte: Blog "Trabalhar Seguro"

QUEDAS

Muitos acidentes com queda, ocorrem nos próprios lares. Isto se explica ao fato de que nas casas existem locais potencialmente perigosos em relação a esse tipo de acidente. Os mais comuns são: janelas, escadas, mobilas, etc.

As recomendações são:

  • Não deixe crianças sozinhas em cima de camas ou sofás;
  • Coloque barreiras e não deixe que brinquem nas escadas;
  • Cuidados com os andadores. Eles podem provocar quedas, principalmente em escadas e declives;
  • Verifique se os brinquedos do playground são seguros (existe norma para fabricação de brinquedos) e se estão em boas condições para uso;
  • Não permita que as crianças brinquem em telhados ou lajes.
TALHERES
Essas "ferramentas", são perigosas nas mãos de crianças. Oriente os pequenos quanto ao uso correto desses objetos.


INTOXICAÇÕES OU ENVENAMENTO
Produtos de limpeza, cosméticos e remédios devem ser mantidos longe do alcance das crianças. De preferência em armários trancados.

ÁLCOOL
Altamente inflamável, o álcool tem sido a causa de sérios acidentes envolvendo crianças e até adultos. Quando for utilizálo, lembre-se:
  • Afaste as crianças;
  • Não perfure a tampa;
  • Não derrame -o sobre o fogo;
  • Mantenha-o longe do alcance das crianças;
  • Essas recomendações também servem para o álcool em gel.
REMÉDIOS
Sempre ori
ente as crianças maiores quanto ao perigo dos remédios. Todo remédio só pode ser administrado com a supervisão de um adulto. Deixe isso bem claro às crianças.

PRODUTOS DE LIMPEZA
Esses
também são a causa de muitos acidentes com crianças. Recomendações:
  • Leia atentamente o rótulo antes de usá-lo;
  • Use o corretamente de acordo com as orientações;
  • Veja as recomendações em caso de acidente.
COSMÉTICOS
Cosméticos podem causar alergias em crianças. Não deixe que sua filha manuseie esses produtos sem seu conhecimento e supervisão.

FOGOS DE ARTIFÍCIO
Outro c
ausador de graves acidentes. São muitos os acidentes com queimaduras, amputações de membros e cegueira causados por esses produtos. Nunca deixe as crianças brincarem com fogos de artifício, mesmo estando com um adulto.

VELAS
Se precisar usar uma vela, coloque-a sobre um pires ou outro recipiente seguro, de modo que se a vela cair ou chegar ao seu fim, não tenha contato com possíveis materiais inflamáveis.
Nunca deixe velas sobre móveis ou perto de cortinas, tapetes ou camas.

FÓSFORO E ISQUEIROS
Esses produtos também devem ser mantidos longe do alcance das crianças. Após o uso, guarde em local seguro. Se usados incorretamente, podem causar queimaduras e provocar incêndios. Nunca risque um palito de fósforo em sua direção.

26 de junho de 2009

Operário morre soterrado em Teresina

TERESINA - O Corpo de Bombeiros levou 12 horas para resgatar um o corpo de um operário soterrado em uma obra, na zona norte de Teresina. Antonio da Silva Santos, de 38 anos, foi retirado de uma profundidade de 6 metros. O acidente aconteceu na tarde desta quarta-feira, por volta das 15h, quando Antonio trabalhava na construção de um prédio, na Rua Rui Barbosa, com mais dez pessoas.

O resgate só aconteceu durante esta madrugada, às 3h.

Segundo o Corpo de Bombeiros, Santos cavava um poço quando uma das paredes cedeu e ele acabou soterrado. Mais de 20 homens do Corpo de Bombeiros trabalharam no resgate.

fonte: http://oglobo. globo.com/ cidades/mat/ 2009/06/25/ operario- morre-soterrado- em-teresina- 756510538. asp

25 de junho de 2009

Empresa não consegue reverter condenação de R$ 60 mil por dano moral.

A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve condenação imposta pelas instâncias ordinárias à empresa em virtude de um acidente de trabalho, ocorrido em junho de 1985, na linha de montagem de automóveis de sua unidade em Taubaté (SP).

O ex-empregado, atualmente aposentado, exercia a função de prático, e seu trabalho era abastecer a linha de montagem com peças. Em voto relatado pela ministra Rosa Maria Weber, a Turma rejeitou (não conheceu) recurso da montadora contra a decisão que determinou o pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 60 mil.

No recurso ao TST, a defesa da empresa fez pedidos alternativos, iniciando pela alegação de que o direito do trabalhador de recorrer estaria prescrito. A empresa pediu o restabelecimento da sentença que rejeitou a ação do empregado, ou a redução da condenação para cinco salários mínimos, ou, por fim, diante da possibilidade de reconhecimento de culpa recíproca, a redução da condenação por danos morais à metade do valor.

A defesa alegou prescrição porque a ação foi ajuizada na Justiça Comum de Caçapava (SP) em 2002, quatro anos após a extinção do contrato de trabalho, mas, segundo a ministra Rosa Weber, a prescrição aplicável aos processos que migraram para a Justiça do Trabalho após a reforma do Judiciário (EC 45/2004), como é o caso, é a prescrição do Código Civil, ou seja, 20 anos.Quanto à culpa da empresa pelo acidente, a ministra relatora verificou não restar dúvidas de sua negligência, visto que o acórdão do TRT da 15ª Região (Campinas-SP) relata que "a sucessão de erros verificada revela o descuido da ré, do todo organizacional, em criar salvaguardas que evitassem o fato ocorrido".

No caso em questão, a salvaguarda mencionada seria a utilização de uma simples escada. O acidente ocorreu quando o empregado buscava alcançar peças que estavam em local elevado e, para tanto, empilhou cestas e caixas, subindo e descendo várias vezes carregado, até que caiu e fraturou o fêmur, com o rompimento de vários vasos sanguíneos importantes.

Em virtude da lesão, foi acometido de trombose venosa profunda e teve de se submeter a três cirurgias para fixação de pinos metálicos. Embora tenha sido mantido no emprego, o trabalhador teve sua capacidade de trabalho reduzida, em razão da impossibilidade de flexionar o joelho direito, da deficiência circulatória em caráter definitivo e das fortes dores que sente.

Na ação, ele relata que a empresa, "por condescendência", resolveu mantê-lo empregado dando-lhe tarefas que podia fazer sentado, que exigem pouca mobilidade e pouco esforço físico. Sua defesa relatou que, embora aposentado por tempo de serviço, ele precisa trabalhar novamente, mas está encontrando dificuldade de conseguir novo emprego em razão de suas limitações físicas.

O TRT de Campinas considerou que se, por um lado o prejuízo material não ficou demonstrado, pois o autor da ação continuou trabalhando até se aposentar e ainda está capacitado para o trabalho, por outro o prejuízo moral é patente.Segundo o TRT, o empregado subiu e desceu carregando o material não uma, mas diversas vezes. Foi a primeira vez que tentou o procedimento, mas antes do acidente o repetiu, conforme se depreende das provas constantes dos autos.

"Se o ambiente fosse realmente seguro, haveria fiscalização, e a disposição do material sequer possibilitaria o ato. O trabalhador tomou uma decisão infeliz, mas o fez ante as exigências do trabalho, permitidas pela omissão da empresa", concluiu o acórdão regional, mantido na íntegra pela Terceira Turma do TST.( RR 179/2006-119- 15-00.0)

Fonte: Tribunal Superior do Trabalho, por Virginia Pardal, 24/06/2009

22 de junho de 2009

Saúde falada em sinais

Respeito aos direitos Profissionais da rede pública de RP têm curso de libras para melhorar a comunicação com os pacientes.

GUILHERME TAVARES
Gazeta de Ribeirão
guilherme.tavares@ gazetaderibeirao .com.br

Pelo menos 15 funcionários da rede pública de saúde de Ribeirão Preto recebem desde o início do mês aulas de linguagem brasileira de sinais (libras) para otimizar o atendimento a pacientes com deficiência auditiva. O objetivo é ensinar sinais específicos da área da saúde para melhorar a comunicação entre enfermeiros, dentistas, recepcionistas e portadores de necessidades especiais.

Há programação para receber mais turmas até o final do ano, para que haja pelo menos um profissional capacitado em libras em cada uma das 34 unidades de saúde do município. “A comunicação dessas pessoas é muito difícil e isso muitas vezes prejudica o atendimento.

Pensando nisso, fomos atrás de uma parceria para melhorar esse atendimento”, disse Bruno Cobra, psicólogo da SMS que coordena o projeto.Muda desde o nascimento, a moradora da Vila Virgínia Erla Mirilanda de Almeida, 34 anos, teve problemas em uma consulta médica. “Ela entrou na sala sozinha, não pude acompanhar no dia, e o médico receitou um remédio achando que ela estava grávida”, disse a prima Alzira da Cruz, 51, que mora com Erla.

“Em casa, aprendemos a nos comunicar, faço alguns gestos e ela entende o que é para fazer”, disse Alzira.“Os médicos têm dificuldade em atender esse tipo de paciente. Muitas vezes não têm como dar diagnóstico ou não conseguem marcar um retorno. Não é raro um paciente com deficiência auditiva saber ler apenas parcialmente” , disse Luciana Andrade Rodrigues, professora de libras que ministra as aulas para os agentes de saúde.

Nas aulas, os alunos contam quais são as principais terminologias que usam diariamente nas unidades de saúde para que a professora possa ensinar a comunicação com as mãos. “Se essas pessoas não forem tratadas com dignidade, não conseguirem se comunicar, estaremos ferindo seus direitos de cidadãos. Os deficientes auditivos devem ter direito a esses serviços prestados”, disse Luciana.

O auxiliar de enfermagem Ronildo Laranjeira Rosa, 41, atende famílias que têm membros com deficiência auditiva. “Já fiz um curso desses uma vez, mas achei que era hora de retomar as aulas para me atualizar.”Objetivo é melhorar atendimentoO curso de libras oferecido aos servidores da rede municipal de saúde faz parte do trabalho de humanização do atendimento de toda a rede, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Desde o mês passado, são feitos cursos e treinamentos com os profissionais da rede para melhorar o atendimento à população, principalmente na recepção dos pacientes.No mês passado, as orientações foram dadas aos funcionários das unidades da Vila Albertina e Vila Abranches, e agora em junho foram feitas na Unidade de Saúde da Família da Estação do Alto.

“É preciso resgatar valores humanitários para melhorarmos as relações, principalmente quando se trata de uma pessoa que chega a uma unidade, doente, e precisa de atenção especial”, disse Bruno Cobra, psicólogo da SMS que promove os treinamentos.Segundo a SMS, o treinamento será oferecido aos profissionais de todas as unidades de saúde que, ao final, receberão um certificado de participação. (GT)

19 de junho de 2009

Piloto não tem direito a adicional de periculosidade (Notícias TST)

O piloto que permanece no interior da aeronave ou nas suas imediações no momento do abastecimento não tem direito ao adicional de periculosidade. O entendimento é dos ministros da Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao darem provimento a recurso de revista da empresa para excluir da condenação o pagamento do adicional de periculosidade a ex-piloto da empresa.

O relator do processo, ministro Emmanoel Pereira, destacou que, para a caracterização da periculosidade, é necessário o contato habitual, ainda que momentâneo, com inflamáveis ou explosivos, em condições de risco acentuado, nos termos do artigo 193 da CLT. Segundo o ministro, na medida em que não tinha vinculação com a área em que se realizava a operação de abastecimento, a atividade do piloto não poderia ser considerada perigosa.

O profissional foi contratado pela construtora para trabalhar numa empresa do mesmo grupo econômico na função de piloto - onde permaneceu por mais de seis anos até ser demitido sem justa causa. Na 20ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte (MG), o empregado pediu o pagamento de adicional de periculosidade, entre outras diferenças salariais. Apesar de laudos periciais contraditórios sobre a efetiva exposição do piloto aos riscos alegados, a empresa foi condenada ao pagamento do adicional.

No Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), a Construtora afirmou que o empregado não executava operações perigosas, como demonstrou um dos laudos, mas a condenação foi mantida nesse ponto. Para o TRT/MG, o relevante na apuração da periculosidade é do risco iminente, ou seja, a hipótese de que o dano pode acontecer a qualquer momento. Portanto, existindo a condição de risco, mesmo que intermitente, persiste o direito ao adicional.

Em novo recurso, desta vez ao TST, a empresa conseguiu reformar a decisão. No voto, o ministro Emmanuel Pereira esclareceu que a jurisprudência do Tribunal não garante o recebimento de adicional por causa da mera supervisão de abastecimento de aeronave. O relator explicou ainda que o pagamento de periculosidade nos postos de reabastecimento de aeronaves é devido aos trabalhadores que executam atividades de abastecimento ou operem na área de risco - conforme a norma regulamentadora nº 16 do Ministério do Trabalho e Emprego. (RR - 717377/2000. 9)

18 de junho de 2009

Acidente em caixa d'água mata um e deixa 2 internados

Claudio Dias
Direto de Araraquara

Um homem morreu e outros dois foram internados por intoxicação após terem inalado monóxido de carbono - produzido por combustões em condições de pouco oxigênio - durante a limpeza de uma caixa d'água subterrânea em um edifício em Araraquara, interior de São Paulo, na tarde desta quarta-feira.

João Carlos da Silva, 35 anos, que morreu no acidente, trabalhava com os colegas Ismael de Paula Moraes, 28 anos, e Genival Lopes Tavares, 35 anos. Segundo o Corpo de Bombeiros, eles ligaram o gerador, movido a gasolina, para impulsionar uma bomba e retirar a água da caixa, com cerca de 3 m de profundidade. Eles acabaram inalando o gás gerado pela gasolina do gerador, que ficou acumulado na caixa d'água.

Tavares conseguiu escapar do local. Silva e Moraes caíram dentro da caixa d'água, com cerca de 40 cm de água. Desacordado, Silva morreu afogado. O colega foi salvo pelos bombeiros que não sabiam do gás e, ao entrarem para o salvamento, também passaram mal.

"Nós chegamos rápido e conseguimos salvar dois, mas um não resistiu e tudo indica que morreu afogado quando estava desacordado dentro da caixa d'água", disse o médico César Augusto Esteves, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os bombeiros tiveram muito trabalho para tirar Silva de dentro da caixa. Sem iluminação e com o lugar intoxicado, eles tiveram que usar cilindros de oxigênio.

Após mais de duas horas, o corpo foi retirado com ajuda de uma escada. Dezenas de curiosos se aglomeraram em frente ao prédio para ver o resgate. Representantes da empresa disseram que irão aguardar um laudo técnico emitido pelos bombeiros ou pela Polícia Científica antes de se pronunciarem.

15 de junho de 2009

Segurança no trabalho é deficiente no Grande ABC


Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
Nos primeiros quatro meses deste ano, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) concedeu 3.203 benefícios de auxílio-doença em decorrência de acidentes de trabalho na região. São Bernardo, que concentra a maioria das montadoras - Volkswagen, Scania, Mercedes-Benz e Ford -, lidera o rankig com 1.018 ocorrências.
Para o diretor de Saúde e Meio Ambiente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Mauro Soares, as condições de segurança são falhas na região. "Menos de 2% das máquinas e equipamentos das montadoras são protegidas com sistema de segurança adequado no Grande ABC", afirmou.
O perfil de boa parte dos metalúrgicos acidentados na região concentra jovens entre 18 e 25 anos, que na maioria das vezes sofrem acidentes nas mãos. "São cortes e em alguns casos há amputação de dedos. Isso acaba com a vida profissional do trabalhador, sem contar nos traumas psicológicos imensuráveis", destacou o diretor.
O exemplo do funcionário da GM (General Motors) de São José dos Campos, que morreu, na semana passada, ao ser atingido por uma máquina de 700 quilos enquanto trabalhava, preocupa o diretor.
Para ele, os "pequenos acidentes" são indicativos de que algo vai errado com a segurança. "As montadoras não costumam dar atenção aos cortes e lesões leves, mas eles são indicativos de que algo maior e catastrófico está prestes a acontecer, como no caso da GM", explicou Soares.
Um dos principais problemas, que segundo o diretor poderia ser solucionado sem altos investimentos, é a demarcação de tráfego de empilhadeiras. "Temos inúmeros casos de trabalhadores atropelados pelas máquinas. Isso poderia ser corrigido com a instalação de faixas especiais", declarou.
Soares afirmou que algumas empresas chegam a procurar o sindicato para tentar se adequar às normas de segurança, mas são raras exceções. "A fiscalização é falha. Somos regidos por normas do Ministério do Trabalho e Emprego e da vigilância sanitária de cada município; mesmo assim, falta eficiência nesse processo", declarou.
A vigilância sanitária dos municípios de São Bernardo e São Caetano, cidades que sediam as montadoras na região, declararam que o sistema funciona por denúncias. Ou seja, é preciso que haja acidentes para que seja realizada a fiscalização.Pressão - Para Maria Maeno, médica e pesquisadora da Fundacentro - entidade governamental que atua em pesquisa científica e tecnológica relacionada à segurança e saúde dos trabalhadores -, a exigência por aumento de produção provoca a maioria dos acidentes.
"Mesmo sendo incostitucional, muitas empresas desativam as normas de segurança para acelerar a produção. O trabalhador fica encurralado entre a segurança e a garantia de emprego", explicou.
A pesquisadora afirmou que, em tempos de crise, a pressão aumenta. "Com a onda de demissões, o trabalho continua o mesmo. É preciso dar conta da produção e a proteção no ambiente de trabalho acaba ficando em segundo plano", finalizou. (Colaborou Bárbara Ladeia)
Volkswagen não aceita atestados médicos externos
Assim como na GM, trabalhadores da Volks, em São Bernardo, reclamam da dificuldade de conseguir os equipamentos básicos de segurança.
"Mas nosso maior problema é a questão do ambulatório médico, que não tem aceitado atestados externos e vem descontando o dia dos trabalhadores com problemas de saúde", destacou o representante da comissão de fábrica, Wagner Lima.
Segundo ele, os trabalhadores estão sendo pressionados e em alguns casos, têm ido trabalhar mesmo doentes. "Como o índice de absenteísmo - número de faltas - é grande na empresa, a Volks tem complicado a situação de quem precisa faltar. Os trabalhadores se sentem ameaçados", descreveu.
"Na empresa não há crise, tanto que foram cerca de 300 contratações desde o início do ano. Mas quem precisa faltar perde o direito do sábado adicional, que traz renda extra", lembrou.
O representante afirmou que o sindicato tem conversado com a empresa, e que se nenhuma medida for tomada, há a possibilidade de paralisação.
A Volks afirmou que a segurança na empresa é questão estratégica e prefere manter o assunto em sigilo.
Após redução de custos, GM não prioriza segurançaTrabalhadores das montadoras da região reclamam da falta de equipamentos básicos de segurança, como luvas e óculos de proteção.
Segundo Rogério Manfrinato, vice-presidente da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) da GM (General Motors) de São Caetano, a empresa passa por processo de redução de custos e faltam equipamentos básicos de segurança.
"Luvas, aventais, capacetes e óculos de proteção, além da manutenção preventiva de acidentes, estão deixando a desejar na empresa", afirmou.
Manfrinato afirmou que depois da morte do trabalhador da GM de São José dos Campos, a montadora chamou os funcionários para uma conversa. "Não foi nada concreto, nem haverá investimentos, mas a empresa afirmou que fará um ‘pente fino'' para numerar as falhas de segurança", declarou.
Para o vice-presidente, todas as unidades da montadora precisam pressionar por mais segurança. "Pretendemos convocar uma reunião com o sindicato para tratar sobre o assunto", ponderou.Fundamental - A GM afirmou, por meio de nota, que a segurança do trabalho é uma questão fundamental para a empresa. Segundo a montadora, todos os trabalhadores recebem treinamento para o uso adequado dos equipamentos e as máquinas têm toda a proteção para eliminar eventuais riscos na operação.
A montadora afirma ainda que, diariamente, antes do início de uma jornada de trabalho, todos os empregados participam de uma reunião chamada ‘cinco minutos de segurança'', justamente para estar conscientes do trabalho que vão executar no dia a dia.
A GM declarou que a legislação a respeito da saúde e segurança no País é bastante extensa e completa, mas a empresa assegura que, em todos os aspectos, supera os índices exigidos para garantir a integridade física e saúde dos funcionários.

4 de junho de 2009

PNEUMOCONIOSES/NORMATIZAÇÃO

A Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Saúde do Trabalhador (Fundacentro) noticia que a Leitura Radiológica de Pneumoconioses - exame consistente na interpretação de radiografias de tórax segundo critérios de Classificação Radiológica da Organização Internacional do Trabalho (OIT) terá, ainda em 2009 no Brasil, proposta de normatização a ser encaminhada ao Ministério do Trabalho e Emprego.

O principal objetivo de normatizar é o de estabelecer procedimentos de leitura radiológica e poder oferecer aos profissionais médicos, o aperfeiçoamento técnico e melhor conhecimento da leitura, por meio de cursos em aulas teóricas e práticas, além da implantação de exame de certificação no país.

Para proceder a estas normatizações, a Fundacentro, coordenadora do grupo de trabalho, já iniciou as primeiras discussões junto ao Colégio Brasileiro de Radiologia, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, ANAMT (Associação Nacional de Médicos do Trabalho), Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério da Saúde e mais 2 especialistas (Leitores B), titulação concedida pela NIOSH (The National Institute for Occupational Safety and Health) aos profissionais leitores de radiologias.

Desde 1985, a Fundacentro oferece treinamento em Leitura Radiológica de Pneumoconioses, de acordo com os critérios da OIT. A Universidade de Fukui no Japão desenvolveu recentemente o AIR PNEUMO (Asian Intensive Reader of Pneumoconioses), programa que consiste em conteúdos e formatos de cursos, assim como uma avaliação objetiva da capacidade interpretativa de médicos previamente qualificados em treinamentos (certificação).
O projeto piloto, já realizado na Tailândia, também será aplicado aqui no Brasil, com a futura realização de um curso avançado, em agosto deste ano, seguido de exame de certificação para profissionais com experiência no método.

Para o médico pneumologista e pesquisador da Fundacentro, Eduardo Algranti, disponibilizar o AIR PNEUMO no Brasil, significa ter uma ferramenta objetiva de avaliação de proficiência no método de leitura radiológica, fundamental para uma melhoria na qualidade do procedimento pelos profissionais que o fazem. Atualmente, no Brasil, há apenas 3 profissionais certificados pelo NIOSH para fazerem a leitura radiológica.

As informações sobre Leitura Radiológica de Pneumoconioses, a lista de médicos qualificados a partir de 1994, e o Programa Nacional de Eliminação da Silicose, estão disponíveis no link "Sílica e Silicose" da Fundacentro: http://www.fundacentro.gov.br/index.asp?D=SES (Fonte: Fundacentro)